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Tecnologia passa a ser utilizada na criação de retratos falados

Papel e lápis já não são mais os instrumentos utilizados na elaboração de retratos falados. Os antigos desenhos foram substituídos pela tecnologia que permite recriar as características físicas de suspeitos em composições fotográficas.

Mais ágil e preciso, o Sistema de Representação Facial, auxilia o Departamento de Criminalística, do Instituto Geral de Perícias, a recriar o rosto de suspeitos de crimes, por meio do programa de tratamento de imagens Adobe PhotoShop.

A partir do relato das testemunhas, os peritos montam uma reprodução das características faciais, com qualidade fotográfica, com a ajuda de um banco imagens composto por nove mil fotos de pessoas com registro de ocorrência policial no Rio Grande do Sul. Para compor o retrato falado, inicialmente a testemunha escolhe o formato do rosto e a cor da pele que mais se assemelha com as características do suspeito. Depois são acrescentados olhos, nariz, boca e acessórios como boné, touca.Em cerca de duas horas é possível montar um retrato falado que se assemelha a uma fotografia.

Além disso, é possível fazer projeções de envelhecimento dos traços facias, combinar disfarces, cicatrizes, piercings e tatuagens, e inserir detalhes como formato dos olhos, expressão facial e do olhar.

O retrato falado é de extrema importância para a identificação dos suspeitos, é ele que direciona a investigação e reduz o universo de suspeitos de um crime.
A riqueza de detalhes e a qualidade das imagens facilitam o trabalho dos peritos criminais e dos policias. A precisão dos retratos falados digitais facilitou a identificação dos suspeitos e a população passou a ser uma importante aliada do trabalho policial. Com a divulgação dos retratos na mídia local, muitos crimes são solucionados através de denúncias anônimas sobre a localização dos suspeitos.

Aqui no Rio Grande do Sul, o primeiro crime solucionado utilizando o Sistema de Representação Facial, ou retrato falado digital, ocorreu em fevereiro de 2009, em um caso de latrocínio. Na mesma semana em que o crime aconteceu, através de uma ligação para o disk denúncia, o suspeito foi identificado e localizado. A prisão do criminoso aconteceu três meses depois. A rapidez na produção e divulgação do retrato falado em jornais da grande circulação na cidade falado foi providencial para o êxito na investigação conduzida pela Delegacia de Roubos.

Sistema também auxiliar na busca por pessoas desaparecidas

O recurso de projetar o envelhecimento nas feições de um retrato pode ser utilizado em casos de pessoas desaparecidas. Para isso, os peritos utilizam fotos dos pais e parentes próximos para envelhecer os traços de crianças e jovens desaparecidos e com isso, estimar como pode ser imagem atual.

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