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ONU aprova investigação sobre abusos na Síria

O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou o início de uma investigação sobre as denúncias de abusos na Síria. A decisão ocorreu no mesmo dia em que testemunhas relataram que mais de 40 pessoas morreram  em um protesto contra o governo, que foi reprimido pelas forças de segurança no Sul do país.

Em Genebra, o Conselho de Direitos Humanos da ONU condenou o uso da violência contra os manifestantes e aprovou, por 26 votos a 9, o início de uma investigação internacional sobre a repressão aos protestos. O Brasil votou a favor.

Ficou determinado que o conselho pedirá ao Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU o envio, “com urgência”, de uma missão à Síria para apurar as supostas violações, que podem configurar crime contra a humanidade.

A decisão ocorre em um momento de crescente repúdio internacional à escalada da violência na Síria e ao governo do presidente Bashar Al Assad. Há relatos de que mais de 500 manifestantes tenham sido mortos desde o início da onda de protestos antigoverno, em meados de março.

Há depoimentos de que homens armados atiraram nos manifestantes na cidade de Deraa, que reuniu milhares de pessoas pedindo reformas governamentais, de acordo com testemunhas e grupos de direitos humanos.

Desde a última segunda-feira (25) Deraa está cercada por tropas e tanques e sofre com a falta d'água, de energia e serviços de telecomunicação. Milhares de manifestantes oposicionistas também tomaram ontem as ruas da capital síria, Damasco. Na capital, os policiais dispararam gás lacrimogêneo contra os manifestantes assim que terminaram as tradicionais preces islâmicas de sexta-feira.

A agência estatal de notícias da Síria informou que quatro soldados foram mortos e duas pessoas foram presas quando um “grupo armado de terroristas” atacou um posto militar. Também foram relatados protestos nas cidades de Homs, no Oeste, Qamishli, no Nordeste, e nas cidades litorâneas de Latakia e Baniyas, no Oeste.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, impôs ontem mais sanções contra a Síria, que afetarão três políticos próximos a Assad. Eles terão seus bens congelados nos Estados Unidos e não poderão, em tese, fazer negócios com empresas americanas. Também há indicativos de que a União Europeia deve aprovar novas sanções ao regime sírio.

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