Ministro chinês critica fragilidade da infraestrutura brasileira
“Fui a várias cidades no Brasil, e conversei com os empresários chineses que estão aqui. Eles disseram que estão satisfeitos com a relação com o governo local. Mas disseram também que o câmbio desfavorável os atinge”, afirmou Deming, cuja equipe se reuniu hoje com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
O ministro Fernando Pimentel demonstrou ainda confiança na ampliação das relações com a China. Segundo ele, o comércio, que no ano passado foi de US$ 30,6 bilhões, pode aumentar em 20%. De acordo com Pimentel, os primeiros número de 2011 demonstram essa possibilidade.
O ministro chinês afirmou que os executivos de seu país “têm um foco no Brasil” por causa das características específicas do país. Deming citou como exemplos o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da renda per capita. Também tem observado o planejamento do governo brasileiro em aperfeiçoar a industrialização.
No entanto, Deming lamentou as fragilidades que ainda existem no Brasil, como falhas no sistema de infraestrutura – estradas e portos – e de geração de energia. “Há um déficit de infraestrutura. [O sistema] apresenta deficiências, inclusive na área de eletricidade, assim como portos e estradas, mas tem uma grande capacidade na energia hidráulica”, disse.
Para o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, a reunião com Deming e a comitiva chinesa foi produtiva. Segundo ele, há um interesse comum de ampliar a “cooperação conjunta” nas mais distintas áreas, como as questões relativas à propriedade intelectual, à impletamentação de certificação de carnes suínas e à venda de armas.