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Atual prefeito e opositor de Cristina Kirchner é favorito

O principal compromisso de 2,4 milhões dos 3 milhões de argentinos que vivem na capital Buenos Aires é votar para chefe do governo (prefeito) da cidade. A cidade é o terceiro distrito eleitoral da Argentina, depois das províncias de Buenos Aires e de Córdoba, sedia os poderes da República e é o coração econômico do país. Por isso, a eleição de hoje é acompanhada atentamente pela classe política. Em outubro, os argentinos voltarão às urnas para eleger o presidente da República, metade da Câmara dos Deputados, um terço do Senado e a maioria dos governadores das 23 províncias (estados).

Dos 15 candidatos, dois têm mais chances de ganhar as eleições: o atual prefeito, Maurício Macri, do partido Proposta Republicana (PRO), e o senador Daniel Filmus, apoiado pela presidenta Cristina Kirchner.

As últimas pesquisas indicam que Macri tem mais chance de sair vitorioso, mas não o suficiente para definir o pleito no primeiro turno. Macri representa a centro-direita. Filho de um rico empresário e presidente do time de futebol Boca Juniors, ele era visto com desconfiança pelos analistas políticos, mas surpreendeu ganhando as eleições de 2007 com 46% dos votos.

Macri chegou a lançar a candidatura às eleições presidenciais de outubro, mas desistiu. Preferiu esperar quatro anos para tentar chegar à Casa Rosada e assegurar, agora, a reeleição à prefeitura de Buenos Aires, já que, por enquanto, todas as pesquisas de opinião dão a reeleição da presidenta Cristina Kirchner, em outubro, como a possibilidade mais provável.

O maior opositor de Macri é o ex-ministro da Educação Daniel Filmus, candidato da Frente pela Vitória, que tem o apoio da presidenta Cristina. A maior parte dos analistas acredita que a tradição oposicionista dos portenhos vai continuar prevalecendo e Filmus sairá derrotado. Buenos Aires costuma votar contra o governo federal. Mas a candidatura de Filmus obteve crescimento acima do esperado nas últimas semanas, detectado pelas pesquisas de opinião, reforçando a possibilidade de a disputa ir para o segundo turno.

“A capital sempre foi oposição”, disse o analista político Hector Stupenengo. Mas, se o candidato de Kirchner tiver uma boa votação, a presidenta Cristina Kirchner sairá fortalecida. “Cristina Kirchner tem peso próprio e lidera todas as pesquisas de opinião [para as eleições presidenciais de outubro]. Ela tem 36% dos votos da capital e 46% dos votos nacionais”.

Além de Macri e Filmus, disputam a prefeitura de Buenos Aires o cineasta Pino Solanas, o ex-ministro da Economia Ricardo Lopez Murphy e o ex-prefeito Jorge Tellerman.

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