Pelé é nomeado embaixador honorário para a Copa de 2014
“Eu não poderia deixar de aceitar este convite da nossa presidenta. Como brasileiro, vocês sabem que eu já faço isso desde que nasci. Desde a primeira Copa do Mundo que eu defendo e faço a promoção do Brasil. É uma responsabilidade muito grande, mas eu não poderia deixar de aceitar”, disse Pelé.
O ex-jogador, considerado o rei do futebol, também falou sobre a organização do evento esportivo e disse que chegou a ficar preocupado com o andamento das obras, mas enfatizou que não se pode “deixar de acreditar”. “Eu gostaria de pedir para todo o povo brasileiro que acreditasse, porque estava meio confuso, meio em dúvida com alguns problemas que nós tivemos aqui, mas que podemos acreditar, porque a presidenta disse que vai fazer todo o esforço, e espero que a gente entregue bem esta Copa do Mundo. Agora, esta administração será feita com 190 milhões de brasileiros e todos ficaremos orgulhosos de entregar bem esta Copa”, disse o ex-jogador.
O ministro do Esporte, Orlando Silva, que também participou da reunião, disse que, apesar do cargo não conferir nenhum poder executivo, Pelé terá a função de orientar o governo e até representar o Brasil no exterior. “A presidenta assinou um decreto criando o titulo de embaixador honorário do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 e convidou Pelé para assumir a função. Pelé, com a experiência que tem, pode colaborar, dando orientações para o governo, com interlocução no Brasil e no exterior. Não cabe a Pelé atividades executivas”, disse o ministro.
“É uma homenagem a Pelé por tudo que ele fez e faz pelo esporte, pelo Brasil. Ela [Dilma Rousseff] acredita que pela força da imagem de Pelé, pela história de Pelé, um homem que viveu dez copas, a presidenta acredita que seria a melhor face da Copa do Mundo de 2014 e este título tem um pouco desse sentido”, completou.
O ex-jogador também comentou o mau desempenho do Brasil na Copa América e o renascimento do futebol no Uruguai, que venceu o torneio na Argentina e vem obtendo excelentes resultados nas últimas competições internacionais. Para Pelé, uma final entre o Brasil e o Uruguai, em 2014, seria uma “revanche” da Copa de 1950, quando o escrete nacional perdeu de 2 a 1, no que é considerado o maior trauma do futebol brasileiro, e lançou o desafio: “Não temo, e acho que devia ter esta revanche para a gente ganhar”.