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Chávez nega que tratamento contra o câncer afete o governo

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, negou hoje (5) que o tratamento para combater o câncer tenha afetado o ritmo de trabalho na Presidência e até do crescimento do país. Mantendo seu estilo incisivo, ele disse que a América Latina é a luz que se acende em meio à crise econômica mundial, que atinge parte da Europa e dos Estados Unidos. Segundo ele, os sul-americanos se uniram para enfrentar os impactos da crise.

O presidente ressaltou que se mantém no controle da Venezuela e que a doença não reduziu sua capacidade de trabalho. “É certo que minha doença afetou um pouco”, disse. “Mas nós [os integrantes do governo] carregamos uma cavalaria”, acrescentou Chávez, em entrevista por telefone à emissora estatal de televisão venezuelana VTV.

Ele reafirmou que seu desejo é continuar no comando da Venezuela: “Uma vontade que me faz crescer e, com a ajuda de Deus, vou conseguir, aqueles que não estão satisfeitos têm todo o direito de expressar-se e votar contra mim, mas vou seguir trabalhando para o país crescer”.

Chávez elogiou o vice-presidente venezuelano, Elias Jaua, e a equipe de governo, que trabalhou no período em que ele esteve internado em Cuba. Bem-humorado, disse que deu “alguns dias de folga” para Elias descansar.

Segundo o presidente, seus próximos desafios são desenvolver programas, como o que financiará o crédito para habitação, projetos sociais e agrícolas, além de garantir mudanças no sistema educacional da Venezuela.

Ao mencionar os impactos da crise econômica mundial, Chávez disse que os efeitos avançam sobre o mundo e que as principais consequências são a redução das perspectivas de crescimento do desemprego e a área social.

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