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Grevistas dos Correios terão descontados os dias parados

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, determinou ao presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, “que os dias parados sejam descontados rigorosamente” do salário dos grevistas.

“Greve é um direito, mas ninguém vai receber sem trabalhar”, disse o ministro.

Segundo Paulo Bernardo, entre 23% e 25% dos trabalhadores dos Correios estão parados. “Estamos negociando. Mas estamos também mostrando para eles que não temos condição de dar o reajuste no nível que eles pedem. Tem casos em que estão pedindo 100% de reajuste. Queremos mostrar as possibilidades que temos. Estamos oferecendo aumento real, acima da inflação”.

O ministro comentou o fato dos Correios ter o monopólio do serviço no país assegurado pela Constituição, e disse que isso não caracteriza um problema, mas “dá uma responsabilidade grande” à empresa.

“Se só eu posso entregar a carta, não posso pegá-la e ficar com ela na gaveta ou no malote. Tenho que dar um jeito de entregá-la”, disse Paulo Bernardo, lembrando que os Correios fizeram mutirões no último final de semana para que parte das correspondências em atraso pudessem ser entregues a seus destinatários.

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