Morre no Rio o cantor Pery Ribeiro
Em nota, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, lamenta a morte do cantor e diz que ele fará falta. “Parte Pery Ribeiro, e o Brasil perde uma bela voz, um cantor que, com grande estilo, interpretou desde samba-canção e bossa nova até composições mais recentes”, diz a nota. Segundo a ministra, a falta do cantor só será suavizada quando se reescutarem suas gravações.
Filho da cantora Dalva de Oliveira e do compositor Herivelto Martins, Pery de Oliveira Martins, nasceu no Rio em 1937 e, ainda criança, começou a seguir a mesma carreira dos pais, grandes nomes da música popular brasileira nas décadas de 40 e 50 do século passado. Foi no auditório da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, por sugestão do radialista César de Alencar, que o jovem cantor adotou o nome artístico de Pery Ribeiro.
Em 1960, gravou o primeiro disco e lançou a primeira composição, Não Devo Insistir, em parceria com Dora Lopes. No ano seguinte, foi o intérprete de Manhã de Carnaval e Samba de Orfeu, ambas compostas por Luiz Bonfá e Antonio Maria para o filme Orfeu do Carnaval, dirigido pelo cineasta francês Marcel Camus.
Ligado à bossa nova, Pery lançou em 1963 a primeira gravação comercial de Garota de Ipanema, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. A canção é um dos maiores sucessos mundiais da música popular brasileira. Ao longo da carreira, Pery Ribeiro gravou 12 discos dedicados à bossa nova e, nos anos 70, numa linha mais jazzística, atuou no Brasil e em turnês internacionais, ao lado da cantora Leny Andrade e do conjunto liderado pelo pianista Sergio Mendes. Recebeu cerca de 60 troféus e prêmios e também participou de filmes brasileiros.