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Nos Estados Unidos, presidenta reitera críticas ao protecionismo

Em defesa da ampliação dos mercados externos para o Brasil e os países emergentes, a presidenta Dilma Rousseff condenou ontem (9), em Washington, nos Estados Unidos, o protecionismo internacional, adotado principalmente pelas nações desenvolvidas, que impõe restrições às exportações. “O governo repudia toda e qualquer forma de protecionismo, inclusive o cambial”, disse ela.

Dilma chamou a valorização de moedas de “doença holandesa” e classificou a alta do petróleo como prejudicial porque despreza as necessidades de populações pobres em benefício de pequenos grupos econômicos. Ela discursou durante encontro com empresários norte-americanos e brasileiros, além de representantes de universidades, na noite de ontem.

A exemplo do que ocorreu no mês passado, na Índia, a presidenta reiterou que o combate aos efeitos da crise econômica internacional não deve se basear apenas em medidas de políticas de expansão fiscal e regressão de direitos sociais dos trabalhadores. Segundo ela, é fundamental implementar ações que estimulem o crescimento da economia com distribuição de renda e inclusão social.

“[O cenário econômico mundial] gera motivos de inquietação [em todos]. Nenhum país está imune”, disse a presidenta, lembrando que o assunto será debatido durante a Conferência Rio+20, de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro. Segundo ela, os líderes mundiais devem enfrentar os novos paradigmas do século: “[Trabalhar pelo] crescimento econômico com inclusão social e preservando o meio ambiente”.

Dilma conclui hoje (10) a visita de dois dias aos Estados Unidos, com palestras em Boston, nas universidades de Massachusetts e Harvard. As duas instituições têm mulheres no comando. A presidenta aproveitará a oportunidade para assinar acordos inseridos no programa Ciência sem Fronteiras – que pretende enviar 100 mil pesquisadores brasileiros para o exterior até 2014, a maioria para instituições norte-americanas.

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