Audiência pública em Tramandaí debate a internet banda larga no litoral
Autor da proposição, o deputado Mano Changes (PP) abriu o encontro dizendo que o litoral precisa de uma regularidade maior na prestação desse serviço aos moradores da região. “Precisamos de banda larga o ano todo aqui no litoral. Sabemos que, no verão, muitas pessoas vêm para a região e aí a baixa qualidade fica evidente, sendo que no inverno o assunto é esquecido. Mas o fato é que se precisa de internet e celular funcionando por todo o ano no litoral. Por isso chamamos esta audiência hoje com o propósito de qualificar este serviço”, disse Mano.
Primeiro a falar como convidado na audiência, o gerente regional da Anatel, João Jacob Bertoni, explicou que, com o aumento da população no verão, o serviço de banda larga fica sobrecarregado na região. “Com mais pessoas usando internet o serviço mostra suas deficiências. Há muito o que qualificar. Atualmente, 149 municípios do RS já estão sendo atingidos pelo Plano Nacional de Banda Larga, que está democratizando e qualificando a internet para os gaúchos”.
Para Rita Daudt, representante da empresa Oi, a legislação coloca dificuldades para qualificar o atendimento. “Se um bairro precisar de equipamento é nossa obrigação atender a população. No entanto, a legislação também limita muito a instalação de alguns equipamentos por causa da radiação”, explicou.
O representante da empresa Vivo Daniel Silveira da Encarnação também ressaltou os limites colocados pelas legilações para qualificar o atendimento. “Para se ter um serviço de qualidade, é preciso ter antenas mais próximas. Quanto mais próxima a antena, melhor o sinal. No entanto, a legislação municipal proíbe a colocação de antenas próximas a 20 metros de residências”, informou.
O representante da empresa Tim Humberto Soares Porto disse que a empresa irá investir mais de R$ 1,5 milhões em qualificação do serviço no litoral norte.
Já ao final do encontro, Mano ainda se colocou à disposição das operadoras para debater com o governo do Estado uma nova política fiscal para as empresas de telecomunicações “Se cada de R$100, R$ 40 são impostos podemos dialogar e mediar com a sociedade e o governo do Estado para rever esses tributos. Pode-se inclusive criar um fundo para incrementar o serviço e levar mais banda larga, principalmente para comunidades carentes”, afirmou Mano, finalizando a audiência.