Portugal defende que Brasil ocupe assento permanente na ONU
Moraes Cabral disse que os dois anos de Portugal no Conselho de Segurança foram positivos, pois foram analisadas crises na Costa do Marfim, na Líbia, no Iêmen, na Síria e na Guiné-Bissau. “As nossas ações foram sempre guiadas pela abertura para o diálogo e uma atitude construtiva e equilibrada, incorporando a nossa vocação para construir pontes e gerar consensos, sem abdicar dos nossos valores e princípios.”
O embaixador acrescentou que é fundamental que o Conselho de Segurança discuta medidas para combater o crime organizado, terrorismo, pandemias e vários tipos de tráfico. Cabral reiterou a necessidade de a ONU retomar o debate sobre a ampliação do conselho. Ele lembrou que a atual estrutura do órgão reflete o mundo de 1945.
“É cada vez mais difícil para nós, como para muitos outros, ver que o papel crescente do Brasil e da Índia na cena internacional não foi ainda reconhecido com lugares permanentes no Conselho de Segurança”, disse o embaixador, referindo-se também à participação de um país na África, que “continua a ser o único continente sem um lugar permanente no Conselho de Segurança”.
Na 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a presidenta Dilma Rousseff voltou a apelar para a reforma do Conselho de Segurança sob pena de decisões relevantes no mundo serem tomadas de forma externa ao órgão. Ela se referiu, por exemplo, às medidas definidas na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).