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Evento alerta para a importância da conservação de banhados

O Brasil, assim como o Rio Grande do Sul, possui 20% de seu território formado por zonas úmidas, também chamadas de banhados. Atualmente, o Estado mantém 11,3% (cerca de 600 mil hectares) ainda conservados. O dia 2 de fevereiro, instituído pela Convenção Internacional sobre Zonas Úmidas, chamada de Convenção de Ramsar, alerta para a necessidade de conservar e garantir um uso sustentável destes ambientes.

O debate ocorre no 1º Colóquio Sul-Riograndense de Conservação em Zonas Úmidas, entre os dias 31 de janeiro e 2 de fevereiro, em Mostardas, no Litoral Médio do Estado. “Os banhados cumprem diversos serviços ambientais fundamentais para o equilíbrio de um ecossistema e que possuem diversos usos, tais como o turismo, reservas hídricas para diversos fins, berçários de espécies da fauna e da flora,  além de fornecer materiais para  e usos diversos, tais como alimentação, fitoterápicos, artesanato, coberturas de construções  entre outros”, disse a bióloga da Fundação Zoobotânica do Rio Grande dos Sul, Luiza Chomenko.

Gestores de Unidades de Conservação, pesquisadores, técnicos, representantes de ONGs e da sociedade civil estão reunidos para a troca informações e para articular ações que visem à proteção dos banhados e de outras zonas úmidas. Representante do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Pompeu, destacou a importância de que os gestores, especialmente os que lidam com recursos hídricos, tenham conhecimento das orientações da Convenção de Ramsar.

A organização do evento é do Instittuto Chico Mendes – Parque Nacional da Lagoa do Peixe (PNLP/ICMBio), Secretaria Estadual de Meio Ambiente – Divisão de Unidades de Conservação (DUC/Defap/Sema) e Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB).

Ramsar

A Convenção sobre Zonas Úmidas foi estabelecida, em 1971, na cidade iraniana de Ramsar. Atualmente, conta com 160 países membros, sendo que o Brasil aderiu apenas em 1992. Ela tem o objetivo de evitar a degradação das zonas úmidas e promover sua conservação a partir de um modelo de desenvolvimento que proporcione qualidade de vida aos seus habitantes.

Ela considera zona úmida toda extensão de pântanos, charcos e turfas, ou superfícies cobertas de água, de regime natural ou artificial, permanentes ou temporários, contendo água parada ou corrente, doce, salobra ou salgada. A convenção também inclui áreas marinhas com profundidade de até seis metros.

Todos os países membros da Convenção de Ramsar devem possuir pelo menos uma Zona Úmida de Importância Internacional para integrar a Lista de Ramsar. O Brasil possui 11 destes locais, sendo que o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, situado em Mostardas, é o único do Rio Grande do Sul.

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