Turistas avaliam mal serviços na Copa das Confederações
A pesquisa divulgada pelo Ministério do Turismo traz dados de 2 mil entrevistas feitas em estádios com brasileiros e estrangeiros e 106 entrevistas em aeroportos apenas com estrangeiros. Os dados são parciais e, quando finalizada, a pesquisa terá 14 mil entrevistas.
O ministro do Turismo, Gastão Vieira, acrescentou que houve avaliação negativa também de serviços prestados dentro dos estádios. “Surpreende a avaliação positiva dos restaurantes, preço dos táxis. Agora, é negativa no que se passa dentro dos estádios. As pessoas acham que a comida é cara e ruim e o preço das bebidas é alto. Há reclamações desses serviços que as arenas estão oferecendo”, disse.
A Copa das Confederações foi o motivo que trouxe ao Brasil 70% dos estrangeiros que estão no país no período dos jogos. O tempo médio de permanência deles é 14 dias. A estimativa é que o público total de turistas atraído ao Brasil pelos jogos seja 20 mil estrangeiros, de acordo com o ministro do Turismo, Gastão Vieira.
O ministro destacou que a Copa das Confederações é encarada como uma preparação para a Copa do Mundo de 2014, quando a expectativa é atrair 600 mil estrangeiros. Para o Mundial, aspectos da infraestrutura e dos serviços ainda precisam ser melhorados, segundo Gastão Vieira.
“Nosso objetivo é a Copa do Mundo. Agora foi um aperitivo quando pudemos verificar alguns pontos que podem ser melhorados. Precisamos terminar a mobilidade urbana nas cidades-sede, dar acesso mais tranquilo aos estádios. Dentro dos estádios, os banheiros e a informação às pessoas. A sinalização aos turistas é uma das coisas que o estrangeiro cobra. Mas o saldo foi positivo”, avaliou.
Na avaliação do ministro, os protestos que se espalham pelo país e ocorreram próximo aos estádios no momento dos jogos não vai atrapalhar o turismo no Brasil e fazer com que menos estrangeiros venham para a Copa do Mundo. “Isso pode afastar turista? Não acredito. Não tenho nenhum número que comprove que as pessoas possam desistir de vir em função das manifestações que estão ocorrendo em nosso país”.