Simuladores de direção estarão plenamente implantados até fevereiro
Para Maria Cristina, o simulador é uma ferramenta pedagógica muito útil para o processo de aprendizado, permitindo a vivência virtual de situações de risco e adversidades as quais o candidato a motorista não pode ser exposto na realidade. Ela relatou que o uso de simuladores é comum em países como Noruega, França, Espanha, Alemanha e Suiça, mas que o Denatran solicitou à Universidade de Santa Catarina, autora do projeto brasileiro, a criação de um software totalmente voltado às condições do trânsito nacional.
Leonardo Kauer informou que a expectativa é ter até o final do mês de fevereiro a totalidade dos CFCs dispondo do equipamento. Ele lembrou ainda que a legislação faculta ao candidato a possibilidade de iniciar seu processo de habilitação em um CFC e continuar em outro, optando por realizar a fase do simulador em um CFC que já conte com o equipamento e, após, retornando ao primeiro para o restante do aprendizado ou permanecendo no segundo.
Souza, da Feneauto, destacou que conhece a situação dos mais de 1,5 mil CFCs em todo o país e pode dizer que o Rio Grande do Sul se diferencia do restante do cenário nacional, pois tem um grande número de centros e encontra-se nos estágios finais de implantação do estabelecido na Resolução 444/2013 do Contran, que prevê 5 horas/aulas em simuladores de direção para a obtenção da CNH.
Dall'agnol destacou o investimento realizado pelos CFCs, que encamparam a ideia de qualificar a formação do condutor. Ele acredita que até o final do mês que vem haverá 839 simuladores operando nos 273 CFCs gaúchos.
O diretor-presidente do Detran/RS considera que as cinco aulas em simulador ambientarão o candidato em relação às vias e ao próprio veículo, reduzindo a necessidade de muitas aulas práticas iniciais apenas para esse fim: “é uma fase intermediária entre a teoria e a prática. Assim, quando for para a rua iniciar as aulas práticas, o candidato já se sentirá mais seguro”, acredita ele.