Mais de 30 mil meninas já se vacinaram na campanha contra o HPV
As doses estão sendo oferecidas diretamente em todas as escolas, públicas ou particulares.
No Rio Grande do Sul, são cerca de 260 mil meninas nesta faixa etária, e a meta é atingir 80% desse universo (ou 206 mil jovens).
Coberturas vacinais por idade*:
11 anos: 10.154 (12,08%)
12 anos: 10.554 (12,19%)
13 anos: 10.682 (12,06%)
Total: 31.390 (12,16%)
*atualização às 15h30 de 17/03/2014
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A vacina será oferecida em três doses. A primeira delas ocorre durante a campanha, que vai até 10 de abril, em todas as escolas públicas ou particulares. Ao todo, são quase 10 mil entidades de ensino no Estado que receberão equipes de saúde para a aplicação da dose de acordo com um calendário estabelecido pelos municípios. A segunda dose acontece daqui a seis meses e a terceira, como um reforço, cinco anos depois.
Para receber a imunização, basta apresentar o cartão de vacinação, caderneta do adolescente ou documento de identificação. Caso os pais ou responsáveis não concordem com a vacinação da adolescente, eles devem assinar o “Termo de Recusa de Vacinação contra HPV”, distribuído pelas escolas antes da vacinação.
O vírus HPV é uma das principais causas de ocorrência do câncer do colo de útero. Pelo menos 12 tipos de HPV são considerados oncogênicos, ou seja, podem ocasionar tumor canceroso. Dentre as variantes de alto risco, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero. A vacina a ser oferecida pelo SUS é contra estes dois tipos e outras duas formas do HPV que resultam em lesões genitais (verrugas).
Sua transmissão se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada, principalmente via sexual. Como muitas pessoas portadoras do HPV não apresentam nenhum sinal ou sintoma, elas não sabem que têm o vírus, mas podem transmiti-lo. O período mais favorável para a vacinação é nesta faixa etária, de preferência antes do início da atividade sexual, ou seja, antes da exposição ao vírus.
Na prevenção ao câncer de colo de útero, contudo, a vacinação não substitui o exame papanicolau, que ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero. Ele deve ser realizado com um intervalo de três anos, após dois exames negativos, com intervalo anual. Quando as lesões são diagnosticadas preventivamente, podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O câncer de colo do útero é um dos mais fáceis de serem prevenidos, daí a importância de fazer o exame regularmente.