Parlamento da Crimeia pede oficialmente anexação à Rússia
“A República da Crimeia apela às Nações Unidas e a todos os países do mundo para que a reconheçam como Estado independente”, diz o documento aprovado pela assembleia, assim como o apelo para que a Federação Russa “aceite a República da Crimeia como membro”.
O presidente do Parlamento da Crimeia, Vladimir Konstantinov, adiantou que as unidades militares ucranianas no território da Crimeia vão ser dissolvidas, mas os militares podem continuar a viver na península, se o desejarem. “Tudo o que se encontra aqui, no território, será nacionalizado. As unidades militares vão ser desmanteladas, e aqueles que quiserem podem continuar a viver aqui”.
O documento foi aprovado por todos os 85 deputados presentes à assembleia, com 100 assentos, após o referendo desse domingo (16), no qual a grande maioria dos habitantes da Crimeia votou pela junção do território à Rússia. “O Conselho Supremo da República Autônoma declara a Crimeia como Estado soberano independente “, informa o documento.
De acordo com o texto, a partir de hoje as leis ucranianas não serão mais aplicadas na Crimeia e as decisões tomadas pelo Estado desde a queda do presidente apoiado pelo Kremlin, Viktor Yanukóvitch, não têm qualquer autoridade. “As atividades das instituições estatais ucranianas no território terminaram e os seus poderes, propriedades e orçamento vão ser transferidos para os órgãos estatais da República da Crimeia”, diz o documento, acrescentando que “todos os estabelecimentos, empresas e organizações ucranianas ou com participação na Crimeia vão ser propriedade do novo território”.
Aksyonov adiantou, na rede social Twitter, que 500 soldados ucranianos deixaram as suas posições em Sebastopol, sede da frota no Mar Negro. No referendo de domingo, 96,6% dos eleitores da Crimeia votaram a favor da reunificação com a Rússia, informou o presidente da Comissão Eleitoral da Crimeia, Mikhailo Malychev.