Governo uruguaio negou asilo político a ativistas, diz deputada
De acordo com a assessoria da parlamentar, a consulesa Myriam Fraschini Chalar informou que o pedido havia sido negado pela Embaixada do Uruguai, em Brasília, e que eles deveriam deixar a representação diplomática no Rio sob o risco de serem presos pela Polícia Federal.
Os três deixaram o prédio pela porta da frente e partiram em um carro preto com os vidros escuros, sem falar com os jornalistas. À tarde, dois policiais civis tentaram entrar na sede do consulado, com o mandado judicial de prisão em nome da advogada Eloisa Samy, mas foram impedidos pela segurança consular.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro, a advogada Eloisa Samy juntou-se aos demais ativistas no exercício de sua atividade “tendo, após, desvirtuado sua conduta e passado a participar ativamente dos atos violentos, inclusive passando instruções aos ocasionais participantes, tendo sido vista ordenando o início de atos de violência”. Ainda segundo a denúncia, a advogada prestava apoio logístico aos ativistas e cedia sua casa para reuniões.
Mais 22 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público por participação em atos violentos durante manifestações de junho do ano passado no Rio de Janeiro. O juiz da 27ª Vara Criminal da Capital, Flávio Itabaiana, aceitou a denúncia e determinou a prisão preventiva de todos. Cinco já estão presos e 18 são considerados foragidos.
A Agência Brasil entrou em contato com o governo uruguaio, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.