Aldeia Guarani do Campo Bonito caminha para a sustentabilidade em Torres - Litoralmania ®
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Aldeia Guarani do Campo Bonito caminha para a sustentabilidade em Torres

A Prefeitura de Torres em parceria com a Emater/RS vem atuando com afinco junto a comunidade indígena guarani, a Nhu-Porã, situada em Campo Bonito. Conforme o secretário municipal de Desenvolvimento Rural e da Pesca, José Vanderlei Brocca, os trabalhos estão adiantados e muitas ações a em estudo por diferentes Secretarias Municipais.

Algumas ações já foram realizadas como melhoria dos acessos, ampliação das lavouras para produção de alimentos e viabilidade para outras atividades paralelas como avicultura e piscicultura. No local já foram implantadas também iniciativas de longo prazo como a produção agrícola através de sistema florestal.

O secretário destaca a importância da parceria entre Secretarias Municipais, como da Obras e Serviços Públicos. Diz que a Secretaria de Obras tem papel importante, pois através dela, máquinas e pessoal efetuam trabalho em conjunto como abertura de açudes e patrolamento das vias. Destaca também a atuação da Emater Torres, que por meio de seus técnicos têm efetuado a implantação de programas relativos aos Governos do Estadual e Federal. Salientou ainda o empenho do engenheiro agrônomo Gerson Nardi, servidor da SMDRP, na aplicação dos projetos junto aos índios.

Longo prazo

O fruto da nossa terra, em guarani, Yvy-a-porã, é o nome do projeto que começou a ser implantado na aldeia Nhu-Porã há mais de seis meses. O projeto proporciona aos índios a produção agrícola através de sistema florestal, visando o extrativismo, forma tradicional de uso da terra utilizada pela cultura indígena. Consiste em cultivar, em associação, espécies agrícolas e florestais. Neste caso, o plantio de nativas frutíferas serão intercaladas por plantação de bananeiras. O propósito é desenvolver sistemas de produção semelhantes à floresta. A área compreende 26 famílias, num total de 110 pessoas e acolhidas em 97 hectares.

É com o objetivo de buscar a subsistência e viabilizar economicamente o povo da aldeia, respeitando a cultura indígena, é que a Emater, Secretaria Municipal do Desenvolvimento Rural e da Pesca e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Urbanismo estudaram junto aos índios o projeto que foi inicialmente implantado em um hectare, totalizando mil mudas. É fundamental que fixemos os indígenas em sua área, buscando sua sustentabilidade, salienta o responsável local pela Emater, Janio Rodrigues Pintos. “Plantar eles sabem, o que precisam é de área preparada para o cultivo e isto o poder público municipal está viabilizando”, conclui Brocca.

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