Comissão apura denúncias de falta de merenda nas escolas de Tramandaí
O objetivo foi apurar denúncias feitas pelos vereadores Flavinho Corso (PDT), Clairton Sessim (PP) e Jilmara Ramos (PTB) na última reunião legislativa, sobre a possível falta de merenda escolar ou da má qualidade dos alimentos oferecidos.
Na segunda-feira (1º), foram visitadas as escolas E.M.E.F. Thomáz José Luiz Osório, no bairro Indianópolis, e E.M.E.F. Irineo Scopel Rapaki, no bairro São Francisco. Estiveram presentes, além de Teresinha, a vereadora Lauda Cardoso (PMDB), e os vereadores Leandro da LS (PMDB), Flavinho Corso (PDT), Adílson Braz (PP), Miguel do Guincho (PMDB) e Júnior Sessim, além da assessora do vereador Clairton Sessim (PP), Elizeth.
Na escola Tomaz, a comissão foi recebida pela diretora Kátia Ferreira Miguel, a Vice Márcia Airoldi, a orientadora Educacional, Fernanda Trenz, e a equipe da cozinha, que tomaram por surpresa as denúncias. A direção negou as informações e apresentou o cardápio das últimas semanas, que oferece a merenda conforme as determinações da nutricionista responsável, da Secretaria de Educação. Os vereadores foram convidados a visitar o refeitório onde puderam ver a dispensa e também acompanhar o trabalho de preparo da refeição para o dia seguinte. “Não há falta de merenda para os alunos, o cardápio oferece três dias de comida salgada e dois dias de lanches doces, de acordo com a recomendação recebida. Se algum ingrediente demora a ser entregue, usamos os recursos da Autonomia Financeira (verba municipal) para comprá-lo, o que por vezes acontece”, disse a diretora, referindo-se aos produtos da agricultura familiar.
A determinação é que as escolas comprem 10% de produtos da agricultura familiar (cebola, tomate, frutas), porém, muitas vezes, faltam fornecedores. A criatividade das merendeiras no preparo do cardápio, segundo a vice-diretora, tem feito a diferença. “Elas tem o maior carinho e se utilizam dos ingredientes para fazer pratos diferentes com os mesmos ingredientes, tornando a merenda mais gostosa e atraente para os alunos”, disse Márcia.
Na escola Irineo Rapaki, também foi negada a falta de merenda para os alunos. Segundo a diretora, Ana Maria Camargo da Silva, recentemente houve atraso na entrega de arroz e margarina, o que foi providenciado pelas próprias professoras, para evitar que o cardápio com massa se repetisse na semana. Também foram utilizados recursos obtidos da realização de um brechó pela coordenadora do programa Mais Educação.
Questionada pela vereadora Teresinha, a diretora disse que “o dinheiro da Autonomia Financeira fora utilizado na compra de utensílios de cozinha e reforma de banheiros”. Ana Maria disse ainda que a qualidade dos alimentos recebidos melhoraram muito em relação aos anos anteriores e também citou a criatividade da equipe de cozinha, ressaltando o uso de alimentos colhidos na horta da escola, como alface, couve e temperos.
“Nós vamos continuar visitando as escolas e apurando a situação de cada uma delas, a fim de colaborar no que for possível, caso constatemos algum problema”, disse a vereadora Teresinha Silveira (PPS).
Lauda Cardoso (PMDB) ressaltou a importância de averiguar esse assunto, tendo em vista que teria sido dito por colegas na tribuna que as diretoras não estariam falando a verdade. “Não foi isso que vimos, as diretoras são eleitas pela comunidade que as escolhem pela confiança no trabalho na escola, são pessoas responsáveis e dedicadas que não esconderiam um problema tão grave como a falta de merenda escolar”, afirmou Lauda.
Vereador Flávio Corso (PDT) explicou que as denúncias teriam sido feitas por alunos e uma professora.