Geral

Pedido de cassação de vereador coloca em crise união de Partidos em SAP

O pedido de devolução ou cassação do mandato, do vereador Eduardo Lima de Souza, encaminhado pelo Partido da Frente Liberal na noite de segunda-feira, em Santo Antônio da Patrulha, durante reunião ordinária da Câmara de Vereadores, foi recebido com surpresa pelo parlamentar.

Integrante da Mesa Diretora, no cargo de Secretário, o vereador foi o primeiro a tomar conhecimento do ofício durante a leitura do expediente, realizada por ele. Ainda atônito com a notícia, Eduardo esperou a sua vez de falar no espaço denominado explicações pessoais, para demonstrar a sua perplexidade e inconformidade.

– Que situação constrangedora. Às vezes ficamos sem palavras. Ao ler este ofício do Partido da Frente Liberal, partido pelo qual me elegi e fiz parte, assim como meu pai, desde 1995, com responsabilidade e dedicação, a primeira reação que vêm a minha cabeça é porque estão fazendo isso agora”. Lamentou o vereador.

De acordo com Eduardo, em nenhum momento o seu ex-partido o procurou ou demonstrou insatisfação com o seu trabalho Legislativo. Dudu diz, que pelo contrário, vinha cumprindo o seu trabalho com foco no atendimento das demandas da população, sempre em sintonia com as propostas e projetos sugeridos pelo Executivo, até o mês de março ainda comandado pelo ex-prefeito José Francisco Ferreira da Luz, do PFL.

O vereador afirmou ainda que conquistou uma cadeira na Câmara por méritos próprios, pois em nenhum momento, durante a campanha e até mesmo depois, recebeu o apoio prometido quando lhe convidaram para concorrer.

– Se hoje estou aqui foi pelo meu esforço próprio e pelo apoio de pessoas que confio até hoje. Gente que me respeita e eu respeito. Agora será que é merecido para mim. Será que eu fiz tanto mal a este Partido, será que ele não tem respeito ao que nós fizemos por ele, nem consideração pelo prefeito que ajudamos a eleger”. Questionou o vereador de forma incisiva.

Eduardo elencou ainda os motivos que o levaram a trocar de Partido, afirmando ser de cunho ideológico.

– Muitas coisas me decepcionaram no PFL. Não concordava com diretrizes e ações do partido. Como poderia ficar então.

Com relação à Coligação, Dudu diz que respeita os Partidos do Governo, no entanto, a possibilidade de uma relação amistosa com o PFL é inviável.

– Com certeza o que fizeram comigo respingará na coligação, até porque o Partido da Frente Liberal arrumou hoje não um oposicionista, mas sim um inimigo.

O ofício n°001/2007, assinado pelo presidente do PFL, Oracildo Domingos, requer ao presidente da Câmara, Reni Germano da Silva, o cumprimento da Lei 9.096 de 19/09/1995 – Lei Orgânica dos Partidos Políticos, que o vereador Eduardo Lima de Souza, eleito pelo PFL em 2004, por ter abandonado o Partido e se filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB, perca automaticamente a função ou cargo que exerce na Câmara, em virtude da proporção partidária. No documento Oracildo Domingos, cita ainda o Princípio da Fidelidade Partidária como motivo da cassação.

Comentários

Comentários