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Esqueletos humanos seriam usados em rituais

A polícia indiana descobriu o esconderijo de centenas de ossos humanos e prendeu uma gangue suspeita de contrabandear esqueletos para serem usados em monastérios budistas no Butão (reino que fica entra a China e a Índia).

“Durante o interrogatório, eles confessaram que fêmures humanos ocos têm grande procura em monastérios, onde são usados como instrumentos musicais. As caveiras servem como taças em cerimônias religiosas”, disse o encarregado da investigação, Ravinder Nalwa.

É a segunda vez que a polícia encontra ossos humanos no leste da Índia desde abril. Eles acreditam que a região seja o centro de um grande mercado negro -que teria ainda a Tailândia e o Japão entre os compradores.

Os dois casos parecem ter como fornecedores os crematórios de Varanasi, uma cidade sagrada hindu no norte da Índia, onde milhões de pessoas são (ou deveriam ser) cremadas anualmente.

“Nós pensávamos que os ossos dos crematórios de Varanasi iam secretamente para estudantes de medicina”, afirmou Ravinder Nalwa.

Esse comércio macabro é coisa antiga no país e já teve países da Europa como clientes. Nos anos 80, o governo federal baniu as exportações depois que grupos de direitos humanos questionaram o modo como os ossos eram coletados. Surgiu então o mercado negro.

Mukti Biswas, um dos homens presos, disse à polícia que pegava os corpos no rio Ganges ou recolhia os restos mortais nos crematórios onde pessoas pobres não tinham madeira suficiente para fazer o serviço completo.

Monges budistas na Índia disseram que os fêmures e os crânios são usados pelos budistas da linha tibetana. “Mas um ou dois ossos podem durar uma vida; uma quantidade como essa deve ter conexão com outros países”, afirmou Bhikkhu Bodhipala, sacerdote-chefe do templo Mahabodhi.

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