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Governo quer internet rápida em todos municípios até 2013

O governo federal finaliza projeto para implementar internet em banda larga em todos os municípios do Brasil com objetivo de abastecer as escolas públicas. O programa de inclusão digital tem custo estimado de R$ 4,6 bilhões e previsão de término em 2013.

“Implementação de banda larga em todos os municípios não tem lógica de mercado. Não há uma empresa da iniciativa privada com interesse em fazer esse investimento. É preciso que o estado tenha a iniciativa”, afirmou ao G1 o assessor especial da Presidência Oswaldo Oliva Neto, responsável pelo projeto.

O projeto está sendo finalizado para seguir para aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ser incluído no Orçamento 2008. Para gerenciar o acesso, o governo criará uma nova empresa de economia mista, nos moldes da Petrobras e do Banco do Brasil, que ainda está sendo formatada, segundo Oliva Neto.

“A demanda por acesso rápido cada vez mais rápido à internet é supera a lógica do mercado das empresas. O cliente só vai ficar satisfeito com a velocidade de acesso quando chegar o dia em que você vai ligar o seu computador e assistirá a um filme em tempo real, sem ficar esperando para fazer o download”, disse Oliva Neto.

O custo de R$ 4,6 bilhões é o estimado para a aplicação do “backbone”, termo para se definir a rede principal de alta capacidade que conecta outras redes regionais ou secundárias. Para levar a Internet rápida aos rincões do Brasil, serão usados os cabos de fibra ótica do sistema Eletrobrás que têm capacidade de trafegar pesados dados de voz e imagem.

“O governo federal tem, através da Eletrobrás, a maior rede de fibra ótica do Brasil. Nos locais onde não conseguirmos chegar com a fibra ótica, faremos um link com microondas e a Internet será wireless”, explicou o assessor.

O projeto da inclusão digital está sendo finalizado pela Casa Civil, mas foi gerido pelo Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE), que virou Secretaria de Planejamento de Ações de Longo Prazo, hoje comandada pelo cientista político Roberto Mangabeira Unger (PRB). Oliva Neto deixou o NAE mas continuou no governo para dar seqüência, como assessor de Lula, ao projeto que iniciou.

Segundo o assessor especial, o projeto de inclusão digital completa os dois pilares que sustentam a sociedade da informação: educação de qualidade e acesso à informação. A melhoria do ensino tem pesados investimentos no Plano de Desenvolvimento da Educação e no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. “Restava fazer o projeto para que todas as escolas do país tenham Internet em banda larga”, disse.

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