“Ninguém se preocupa com vidas”, diz parente de vítima
A funcionária da TAM Michelle Dias Miranda, uma das vítimas fatais do acidente de ontem (17) em São Paulo, morreu por falta de preocupação das autoridades com a vida das pessoas, na opinião de sua tia Sônia Miranda Vieira, que esteve no Instituto Médico Legal.
“Acho que estão faltando providências mais humanas. Ninguém está se preocupando com vidas, só com política e dinheiro”, disse.
Ela contou que só percebeu que a sobrinha podia estar no prédio atingido pelo avião da TAM por volta das 23 horas, quando ligou a tevê e conversou com o filho. “Achei que ela estava trabalhando em outro setor da TAM, mas depois lembrei que estava na parte de logística”.
Com a voz trêmula, Sônia contou que Michelle tentou se salvar pulando pela janela, foi levada para o hospital e morreu em seguida. Mas não informou como ficou sabendo dos detalhes. A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que, aparentemente, a vítima foi atropelada. Num primeiro momento, a secretaria havia divulgado o nome da funcionária como uma das vítimas, depois informou que não era oficial e por fim confirmou.
Michelle tinha 24 anos, era solteira e gerente de logística da TAM, onde trabalhava havia sete anos, segundo a tia. O corpo deve chegar às 16 horas no Cemitério Quarta Parada, na Zona Norte da capital paulista.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) chegou ao IML, juntamente com a mulher e a filha do deputado Júlio Redecker (PSBR-RS), um dos passageiros do vôo 3054, que vinha de Porto Alegre para São Paulo. Também estão no local o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Chinaglia tinha viagem marcada para os Estados Unidos com Redecker.
