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Ações buscam evitar contaminação de rios por lavouras de arroz

As ações para evitar a retirada da água no sistema pré-germinado estão sendo intensificadas em busca de uma harmonia entre a lavoura de arroz e as duas principais bacias hidrográficas do Estado, a do Sinos e do Gravataí. O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), em conjunto com Emater e o grupo Pré-germinado, promovem visitas técnicas a propriedades que utilizam o sistema, conscientizando os produtores de que não terão perdas de produtividade se mantiverem a lâmina de água durante todo o processo.

O produtor José Haroldo Cadorin, do município de Caraá, sediou evento em sua propriedade, que capta água do Rio dos Sinos. Cadorin drenava a área, deixando a lavoura por um período sem água. Mas, através do trabalho de assistência técnica das entidades, ele manteve o recurso durante todo o cultivo na última safra. “A lâmina permanente traz benefícios como o menor consumo de água e facilita o manejo, mantendo a planta uniforme”, afirma. Antes, a água drenada da lavoura ia direto para o rio, com resíduos que poderiam contaminar o manancial. Conforme o produtor, com a manutenção da lâmina, a água evapora ao final da colheita. “Se chegar novamente ao rio, a água estará limpa com o filtro da lavoura”, completa.

Para Maurício Santos, assistente técnico do grupo Pré-germinado, o objetivo dos encontros, que nesta semana ocorreram em Viamão, Caraá e Santo Antônio da Patrulha, é mostrar aos arrozeiros que a lavoura com a lâmina de água permanente se estabelece de maneira correta. Segundo Santos, o produtor não perderá produtividade, nem nutrientes do solo, além de economizar energia. O agrônomo do Irga José Tronchoni relata, também, a economia de mão-de-obra e o melhor controle de arroz vermelho. Nos trabalhos em campo, os agrônomos Vera Macedo e Luis Valente, do Irga, comandam as ações do Instituto na lavoura.

De acordo com o assistente técnico da Emater, José Daniel, as lavouras que mantém a lâmina de água durante todo o cultivo alcançam excelentes resultados. “As plantas estão com bom estabelecimento e, sem dúvidas, a tecnologia é perfeitamente aplicada nas lavouras do Rio Grande do Sul”, ressalta. O Irga, a exemplo da Emater, está difundido o manejo correto do sistema pré-germinado para mais produtores, com o argumento de que, além de conseguir ganhos maiores, os produtores estarão contribuindo para o meio ambiente, especialmente nas Bacias dos Rios do Sinos e Gravataí.

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