Acordo em área de proteção no Litoral beneficiará 100 famílias e evitará pagamento de R$ 50 milhões:

Parque Estadual de Itapeva, Unidade de Proteção Integral

Por iniciativa do promotor de Justiça Márcio Roberto Silva de Carvalho, reunião ocorrida nesta segunda-feira, 24 de outubro, na sede do Ministério Público, em Porto Alegre, tratou sobre os limites do Parque Estadual de Itapeva, em Torres.

No encontro, que contou com a participação do coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Daniel Martini; da secretária estadual do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann; e do prefeito de Torres, Carlos Souza, ficou acertada a criação de um grupo de trabalho para discutir a regularização das áreas com conflitos devido à ocupação urbana.

O objetivo da reunião foi tentar ajustar as zonas ocupadas por cerca de 100 famílias que hoje estão dentro da área de demarcação do parque.

Conforme o prefeito de Torres, o município está propondo uma permuta, cedendo outra área e liberando para que essas famílias possam se manter no mesmo local.

“Nosso intuito é entabular este acordo com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), o Ministério Público e o Estado”, destacou Souza.

Márcio Carvalho explica que existe uma ação civil pública tramitando em Torres há cerca de 14 anos, cuja demanda é a regularização do Parque Itapeva, com sua delimitação.

Essa ação, com sentença procedente, deve transitar em julgado nos próximos meses, gerando uma demanda para o Estado de cerca de R$ 50 milhões, já que as famílias teriam que ser indenizadas.

“O próximo passo para a efetivação desse acordo é a realização de um trabalho de campo para identificar quais famílias são anteriores à criação do parque e onde exatamente serão os limites do mesmo”.

Daniel Martini ressalta, por fim, que, além da economia que gerará ao Estado, já que os moradores do local não precisarão sair dali, o acordo também irá representar um ganho ambiental, já que a área que será doada pelo Município não havia ficado dentro do parque quando o mesmo foi criado, em 2002.

“O compromisso promoverá a regulação fundiária, assegurando especialmente a função principal, que é a conservação de áreas de interesse ambiental litorâneo”, disse a secretária Marjorie.

Também estiveram presentes o procurador do Estado Juliano Heinen e o diretor do Departamento de Biodiversidade da Sema, Diego Melo Pereira.

MP RS

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