Analistas aumentam estimativa de juros para 2008
Analistas de mercado aumentaram a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, de 14,25% para 14,50% ao final de 2008. Para 2009, foi mantida a estimativa de 14%.
As expectativas constam do boletim Focus, publicação semanal do Banco Central, elaborada com base em pesquisas realizada com analistas de mercado sobre os principais indicadores da economia.
Para conter a inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) eleva a Selic. Neste ano, os juros básicos já aumentaram 1,75 ponto percentual e estão em 13% ao ano. Na última semana, o BC divulgou a ata da reunião do Copom, que espera que o impacto da elevação da Selic seja percebido ao final deste ano e em 2009.
Depois de 18 altas consecutivas da projeção para a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou, passando de 6,58% para 6,54% ao final de 2008. Esse percentual ainda está ligeiramente acima do limite superior da meta de inflação para o ano de 6,5%. O centro da meta é de 4,5% com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A projeção para a taxa de câmbio, ao final deste ano, também recuou e passou de R$1,63 para R$ 1,61. A estimativa para o superávit comercial subiu de US$ 22,78 bilhões para US$ 23 bilhões e para o déficit em transações correntes (todas as operações do Brasil com o exterior), de US$ 24 bilhões para US$ 24,9 bilhões. Para 2009, foi mantida a projeção de US$ 15 bilhões para o saldo da balança comercial e, para o déficit em conta corrente, a estimativa aumentou de US$ 31,50 bilhões para US$ 32,70 bilhões.
Foi mantida a projeção para o investimento estrangeiro direto (caracterizado pelo interesse duradouro do investidor no empreendimento) em US$ 34 bilhões, em 2008, e em US$ 30 bilhões, no próximo ano.
Quanto ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, a estimativa também não foi alterada para 2008 (4,80%) e 2009 (3,90%). A expectativa para o crescimento da produção industrial passou de 5,38% para 5,46%. Para 2009, no entanto, foi mantida a projeção de 4,50%.