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Brasil fica em 74º lugar em igualdade de gênero

O Brasil ficou em 74º lugar no Índice de Diferenças de Sexo do Fórum Econômico Mundial (FEM) apresentado hoje em Nova York. O estudo mostra que a maior igualdade entre homens e mulheres se dá nos países nórdicos, enquanto a menor é verificada em países islâmicos como Tunísia, Turquia, Marrocos e Arábia Saudita.

Entre os 10 países com maior igualdade de gênero, Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia estão na frente, seguidos de Nova Zelândia, Filipinas, Alemanha, Dinamarca, Irlanda e Espanha.

— Este relatório quantifica o desafio — disse o responsável do Programa de Mulheres do Fundo, Saadia Zahid, no documento.

Ele afirma que a Suécia, o país mais bem classificado, conseguiu que a igualdade de gênero seja convergente em um índice superior a 80%, enquanto no Iêmen este valor é de apenas 45%.

O percentual corresponde a 2007 e é usado pela instituição, com sede em Genebra (Suíça), para comparar a oportunidade econômica, o poder político, a educação e o acesso à saúde entre homens e mulheres de 128 países do mundo, que representam mais de 90% da população global.

Em participação econômica, o documento observa a diferença salarial e o acesso a empregos que exigem alta qualificação. No poder político, é levada em conta a representação de homens e mulheres na tomada de decisões. Em termos educacionais, o índice mede o acesso à educação básica e superior, e em saúde, a expectativa de vida.

Entre os primeiros colocados, seis são países da União Européia (UE). Em seguida vêm Reino Unido, Holanda, Letônia e Lituânia, sendo as duas nações bálticas as que mais progressos fizeram em nível global. Da América Latina, Cuba (22º) e Colômbia (24º) são os primeiros a surgir na lista, seguidos por Costa Rica (28º), Argentina (33º), Panamá (38º), Equador (44º), El Salvador (48º), Venezuela (55º), República Dominicana (65º), Honduras (68º), Paraguai (69º), Brasil (74º), Peru (75º), Uruguai (78º) e Bolívia (80º). O Chile aparece em 86º, a Nicarágua em 90º, o México em 93º e a Guatemala em 106º.

Um caso particular, destaca o documento, é o da França (51º), que “continua sendo um dos primeiros países do mundo em educação e saúde, e que fez consideráveis progressos em relação ao posto 70 que ocupava em 2006”. Os analistas do FEM indicam que esta mudança de posicionamento se deu porque a França “melhorou a relação entre índices de participação trabalhista masculina e feminina, da mesma forma que a disponibilidade de novas informações sobre a presença de mulheres em postos altamente qualificados”.

No outro extremo da lista estão países como Tunísia (102º), Turquia (121º) e Marrocos (122º), sendo que todos eles perderam uma média de 10 colocações frente a 2006.

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