Casamento sem namoro – As vias transversais da política osoriense

O Partido Democrático Trabalhista de Osório teve o apoio do Partido dos Trabalhadores, em 2008, para vencer a dobradinha PMDB/PP. Dadas as condições daquele momento político, as negociações deram conta de apaziguar e colocar no mesmo barco trabalhistas e trabalhadores. Vencida a eleição, a arrumação das cadeiras deu-se da forma que as partes concluíram adequada, contemplando parte das pretensões dos apoiadores que, naquela época, estavam embebidos de ideais e projetos, com inúmeras e belíssimas pretensões futuras, já que a idéia era de fazer parte do governo, em todo o sentido da palavra. Participar, não apenas trabalhando, mas contribuindo com idéias, projetos, sugestões e críticas.

Passada a primeira metade do governo trabalhista, começando a despontar no horizonte a necessidade de reorganizar parcerias vizando à continuidade de um projeto de governo, o PDT trás para a coligação uma nova noiva, de olhos verdes e exóticos encantos, chamada PP. À nova noiva são oferecidos muitos e melhores presentes, demonstrando que importante agora é a nova parceria, que a relação a três ou a quatro jamais será estremecida, mesmo tendo tal tratamento diferenciado causado estranheza aos demais parceiros. Obviamente, nada mais natural de se esperar, como acontece em qualquer relacionamento, que atitudes impensadas poçam acarretar no surgimento de sentimentos os mais variados, que vão da quebra da confiança pela traição, inveja, ciúme, desprezo, etc. A relação fica estremecida, com a ausência daquela confiança, tão necessária.

O novo parceiro, ou a nova noiva, que era inimigo (ou adversário) na última campanha, subiu em palanques ofendendo e desdenhando o projeto trabalhista. Alardeava aos quatro ventos que o projeto trabalhista não era o adequado para Osório. Passados dois anos da derrota nas urnas, o PP já sonha em mandar na coligação que acaba de entrar. A  quase meia dúzia de filiados deste tão valorizado novo parceiro está, agora, em pé de guerra na disputa por cargos e pela vaga de vice numa provável chapa majoritária. O PP tem inúmeros caciques, mas muito poucos índios e nenhuma união. Agora, valorizados não se sabe por que, os quatro caciques querem ser o vice da chapa.

Mas, por outro lado, no PDT, o comandante maior não aceita a hipótese de que tenha alguém (ou quem sabe, muitos ‘alguéns’) sendo desprestigiados neste processo. já que a parceria PDT/PT vai muito além das fronteiras de Osório. É de se estranhar que o PT, que governa o Estado do RS e o País, tenha que estar contente com tal tratamento.

O outro lado da disputa já acena com uma muito maior valorização, dando ao PT um caráter muito mais igualitário na condução de um possível governo com PMDB/PT ou, porque não, de PT/PMDB.

O fato é que o Partido dos Trabalhadores de Osório não é mais um amontoado de militantes de décadas atrás. São mais de 300 militantes que, diferentemente de simples filiados, vão às ruas e trabalham com afinco e seriedade em defesa de uma causa justa.

E o PT de Osório de hoje, tem sim um projeto para esta cidade, com total apoio do Governo do Estado e da União, onde Tarso e Dilma, respectivamente, carregam valorosamente a bandeira vermelha e consolidam a marca e o jeito de governar do PT. E foram graças ao empenho do PT de Osório, em conjunto com o PDT, que os recursos para a finalização da BR 101 vieram e a obra foi concluída. E também assim ocorreu com a Eólica, que só está em Osório graças à Dilma. O mesmo empenho do PT auxiliou na vinda dos recursos para a implantação do Saneamento em Osório e na multiplicação de casas, que tanto orgulha e impulsiona a Secretaria de Habitação da nossa cidade. E também é via trabalho incansável do PT local que faz com que emendas importantes do Senador Paim cheguem à nossa comunidade mais carente.

O Vereador Denilson cresce nas pesquisas e já fez o lançamento oficial da sua pré candidatura à prefeitura de Osório. Independente deste processo, lutou pela UERGS em Osório e conseguiu. Buscou que o Estado fizesse a doação da Corlac para Osório e conseguiu. Está trazendo Secretários de Estado para melhorar as condições das grandes empresas de Osório e completa o seu ciclo à frente da Presidência da Câmara de Osório de forma brilhante.

Novos tempos. Novos nomes. Quem sabe? Eu ainda acredito numa reconstrução sólida da parceria PDT e PT (ou PT e PDT) para o próximo ano, que contemple maior respeito ao Partido dos Trabalhadores, já que o Denilson tem muito maior aceitação que o candidato oficial do PDT ou qualquer um dos quatro caciques do PP.

A coligação pode e vai continuar contando com o apoio do PP e do PCdoB, sem fundamental que o PP entenda que precisa primeiro construir confiança, trabalho, e fazer por merecer posto maior dentro do projeto de governo.

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