Caso Tairone: concedida liberdade provisória a Alexandre Abe
O alvará de soltura foi expedido nessa quinta-feira (31).
O caso
O jovem boxeador foi a morto à tiros pelo Policial Militar Alexandre Abe, no dia 11 de março de 2011, na Rua Farrapos, em Osório. Abe chegou a levar o boxeador, já sem vida, para o hospital depois de dar os disparos.
Em seguida, se apresentou à Delegacia Polícia, onde confessou o crime.
Abe alega ter efetuado os disparos em legítima defesa.
Pouco antes do crime
Horas antes de ser assassinado, na manhã da sexta-feira, dia 11, Tairone Silva esteve na Prefeitura de Osório, com a sua mãe Cláudia, pedindo ao prefeito ajuda de custo com passagens aéreas.
Na ocasião, ele concedeu uma entrevista para a Assessoria de Comunicação da prefeitura. Apesar da distância da família, Tairone se dizia feliz no Rio de Janeiro, para onde retornaria.
“É uma experiência boa, a gente aprende várias coisas”, disse Tairone. A sua mãe, Cláudia Silva, se dizia orgulhosa do filho. “O coração fica meio apertado, mas ao mesmo tempo é uma felicidade, ele está fazendo algo que gosta”, disse a mãe na ocasião.
Desde fevereiro, o jovem estava no Rio de Janeiro, treinando no Cefam, Centro Esportivo da Marinha, onde se preparava para lutar no Panamericano.
Título
No dia 16 de fevereiro de 2011, o boxeador do município de Osório, tornou-se Campeão Sul Americano, no Chile, ao vencer a final do torneio e ainda se destacar como o atleta com nocautes mais rápidos da competição.
Em Iquique, no Chile, durante o Campeonato Internacional de Boxe Verano 2011, foram necessários apenas 13 segundos para que o árbitro interrompesse o combate e confirmasse a vitória de Tairone Silva, 75 kg, sobre o chileno Daniel Parra.
Um direto disparado pelo brasileiro jogou o chileno ao solo que tentou retornar ao combate, mas sem condições foi detido pelo árbitro que decretou a vitória de Tairone. O treinador do atleta era o técnico Anildo Pereira.