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Cerca de 5 mil pessoas morreram na Síria em conflitos

O número de mortes na repressão aos protestos na Síria já ultrapassa mais de 5 mil, desde o início da revolta, em março, incluindo entre as vítimas, pelo menos 300 crianças. Os dados são da alta comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Navy Pillay. Ela fez o alerta ontem (12) durante as eleições municipais. A oposição pede a renúncia do presidente sírio, Bashar Al Assad, que convocou um boicote às votações.

A comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) disse ainda que cerca de 14 mil opositores se encontram presos e mais de 12 mil pessoas já fugiram para nações vizinhas. Pillay também fez um alerta para o alto número de vítimas infantis. Pelo menos 300 crianças morreram nos protestos, segundo a comissária, que qualificou a situação como “intolerável”.

Para Navy, a tendência é de a situação piorar. Os 5 mil mortos não incluem baixas do Exército sírio. O regime disse que pelo menos mil militares perderam a vida nos confrontos. A comissária fez um relato sobre os novos números da violência aos membros do Conselho de Segurança da ONU. Ela ressaltou que no último encontro que manteve com o conselho, em agosto, eram 2 mil os mortos no conflito.

O representante da França na ONU, embaixador Gerard Aurad, disse que o Conselho de Segurança é “moralmente responsável” pelas mortes, por não tomar medidas mais duras. A França, o Reino Unido e os Estados Unidos defendem a imposição de sanções rígidas ao regime de Damasco. Para o Brasil, o ideal é a busca do fim do impasse e do diálogo, mas há severas críticas às violações de direitos humanos na Síria.

A imposição de mais restrições à Síria esbarra em resistência da Rússia e da China, dois membros permanentes do conselho que já vetaram uma moção condenatória ao regime sírio no último mês. No último dia 22 de novembro, uma comissão da Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução crítica, sem efeito vinculante, contra a repressão síria. O Brasil votou a favor.

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