Cessar-fogo fracassa e Ucrânia contabiliza mais 25 mortes
Nesta quinta-feira, manifestantes com o rosto coberto lançaram coquetéis molotovs e pedras contra a polícia antimotim na Praça da Independência, o epicentro dos três meses de manifestações contra o governo ucraniano. A polícia usou balas de borracha para tentar repelir os ataques, afirmando que um atirador do lado da oposição havia ferido 20 policiais disparando munições reais a partir da janela de um prédio com vista para a praça. A sede do Governo ucraniano na praça também foi evacuada na manhã de hoje.
Depois de várias semanas de calma, a capital ucraniana, Kiev, voltou, nessa terça-feira, a ser palco de violentos confrontos entre ativistas antigovernamentais e forças de segurança, que têm sido condenados pela comunidade internacional. O Brasil se manifestou sobre a questão, assim como os Estados Unidos, a Rússia, o papa Francisco e o Alto Comissariado das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos. Para hoje estava prevista a chegada de uma comitiva de diplomatas europeus a Kiev, que foi cancelada por razões de segurança.
A crise política na Ucrânia começou no final de novembro quando milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a decisão do presidente Viktor Yanukóvich, de suspender os preparativos para assinar um acordo de associação com a União Europeia e reforçar os laços com a Rússia. Depois de algumas semanas de trégua nos confrontos, os enfrentamentos voltaram a ocorrer, especialmente na capital do país.