Chávez diz que Obama é um “pobre ignorante”
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse neste domingo que seu colega dos Estados Unidos, Barack Obama, é um “pobre ignorante”, e lamentou que o governante mande “maus sinais” às vésperas da Cúpula das Américas.
— Agora, Obama vai me acusar de exportar terrorismo? A única coisa que posso dizer é: que pobre ignorante. Que estude, que leia um pouco e aprenda qual é a realidade — disse Chávez em seu programa dominical de rádio e televisão, “Alô, Presidente!”.
O governante venezuelano disse que foi Obama que começou com os ataques contra ele, uma semana antes de assumir o cargo, e que ele se limitou a responder.
— Quem começou primeiro os ataques? — questionou Chávez, após lembrar que, já como presidente eleito, Obama lhe apontou como um “obstáculo ao desenvolvimento da América Latina”.
— Quanta ignorância… o obstáculo é o império que hoje o senhor governa — disse o presidente da Venezuela.
Além disso, Chávez afirmou que os Estados Unidos são os verdadeiros exportadores do terrorismo.
— Senhor Obama, quem exportou terrorismo por quase 200 anos foi o império americano (…), que bombardeou, invadiu e matou quem tivesse vontade — acrescentou.
No entanto, o governante da Venezuela disse que deseja que Obama “entre para a história e comece a desmontar esse império, seguindo o exemplo da China”.
— A China demonstrou, com dignidade, que não é preciso ser um império para ser uma grande nação — disse.
O presidente venezuelano e Obama vão se encontrar pela primeira vez na Cúpula das Américas, que acontecerá entre os dias 17 a 19 de abril, em Trinidad e Tobago.
Chávez reiterou que, na Cúpula, defenderá “com firmeza” o retorno de Cuba a esse tipo de reunião, assim como o fim do “bloqueio criminoso” contra a ilha, porque nenhum país da região deve “continuar aceitando as imposições do império americano”.
— Se o novo Governo dos EUA quer verdadeiramente sustentar outro nível de relações com a América Latina, tem de nos respeitar por igual, começando pelo Governo cubano, pelo povo de Cuba. Obama tem a obrigação moral de pôr fim ao bloqueio — reiterou.