China prende jornalista por artigos “subversivos” online

Autoridades chinesas prenderam um jornalista pela publicação de artigos que criticavam a sociedade da China e pedia reformas democráticas na internet, um grupo de observação da mídia no país revelou nesta quinta-feira (13/07).

Li Yuanlong, jornalista de um veículo na cidade de Bijie na província de Guizhou, foi sentenciado a dois anos de prisão e à perda de seus direitos civis por mais dois anos por publicar artigos “subversivos” na internet, disse a organização Repórter sem Fronteiras. O julgamento de Li aconteceu em maio e o veredicto foi anunciado nesta quinta-feira.

Li publicou diversos artigos online que criticavam a moderna sociedade chinesa e pedia maior liberdade e democracia online, disse a organização. Dois dos artigos, chamados “Tornando-se norte-americano de espírito” e “A banal natureza da vida e a lamentável natureza da morte”, enfureceram autoridades, segundo o anúncio.

O jornalista foi preso em setembro de 2005, mas sem ser acusado de qualquer crime até fevereiro deste ano.

Para conseguir uma confissão por escrito de Li, autoridades chinesas “seqüestraram sua mulher e a mantiveram em um quarto de hotel por 10 dias, além de deterem seu filho de 16 anos por uma semana”, disse a Repórter sem Fronteiras. As acusações, porém, não podem ser independentemente comprovadas.

A Repórter sem Fronteiras é uma das organizações de direitos humanos mais atuante na questão da censura online imposta pelo Governo da China à sua população. Em fevereiro, o grupo estimou que 49 dissidentes e 32 jornalistas estivessem presos no país pela publicação de artigos online que criticavam autoridades chinesas.

No começo de junho, a organização protestou contra a proibição total dos serviços do Google pelo Governo. Com a introdução da versão censurada do serviços de buscas no país, as autoridades chinesas bloquearam totalmente o acesso ao buscador com resultados gerais, além de alguns serviços do portal, como o GMail e o Google News.

Comentários

Comentários