Chuva ameniza estiagem em lavouras de arroz do Rio Grande do Sul
Segundo o diretor técnico do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) Valmir Menezes, a planta necessita de um solo úmido para nascer. Por isso, a estiagem torna-se um problema para as plantações de arroz. “Em algumas áreas há falta de água, com poucas reservas em mananciais. A temperatura baixa também é outro fator negativo. Por outro lado, em anos com pouca chuva a radiação solar é importante para bons rendimentos”, afirmou.
De acordo com Menezes, historicamente, em períodos secos, a produtividade é boa, apesar dos problemas localizados. Em algumas áreas do Estado, os produtores tiveram que banhar as lavouras para que a fase de emergência da planta transcorresse normalmente. “Quanto mais banhar, menor será a disponibilidade do recurso hídrico. Recomendamos aos produtores que poupem água”, destacou. A temperatura baixa no período da noite também pode prejudicar a cultura do arroz irrigado.
“O frio retarda o desenvolvimento da planta, assim como o atraso da irrigação. O plantio foi realizado na época certa, e a fase da emergência da planta teve uma maior necessidade de água”, explicou o coordenador do Irga da Zona Sul, Marcos Fernandes. A falta de umidade na emergência da planta também preocupa os agricultores da região da Campanha, especialmente dos municípios de São Gabriel, Rosário do Sul, Bagé e Livramento.
Dom Pedrito teve 40% da área banhada para que o arroz pudesse germinar. Segundo o agrônomo do Irga no município, Leandro Mainardi, faz duas semanas que não chove forte na cidade. “A precipitação foi em torno de 50 mm nos últimos dois meses”, frisou. “A chuva foi variada e bem abaixo do esperado”, acrescentou o coordenador do Irga na região da Campanha, Jair Mendes.