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Comando político da China inicia escolha de novos líderes

Por uma semana, os líderes chineses se reúnem no 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC) para definir os novos rumos políticos e econômicos do país. O encontro, que reúne a cúpula política chinesa, incluindo 2.270 delegados, vai até o dia 14. Durante o congresso serão escolhidos os líderes políticos do país. O atual vice-presidente, Xi Jinping, deverá substituir o presidente Hu Jintao no comando do país e do PCC, dando início a uma nova geração de líderes.

Na segunda quinzena do mês, devem ser definidas as composições do Politburo (a cúpula do partido, com 25 membros) e do Comitê Permanente (com nove integrantes). Na abertura do congresso hoje (8), o presidente Hu Jintao apresentou um relatório indicando as prioridades para os próximos anos.

Hu Jintao destacou que o desenvolvimento da economia é fundamental, assim como a manutenção do socialismo e o fortalecimento das Forças Armadas. A China é atualmente uma das maiores economias do mundo e está entre as principais parceiras de vários países, inclusive o Brasil.

No discurso, o presidente reiterou que a China deve “seguir no caminho do socialismo com características chinesas”. “Nossa abordagem global é promover o progresso econômico, político, cultural, social e ecológico. A nossa tarefa geral é alcançar a modernização socialista e a grande renovação da nação chinesa”, ressaltou.

Hu Jintao destacou que o desenvolvimento econômico é uma “tarefa vital para a renovação nacional”. De acordo com ele, o desenvolvimento é a “chave” para resolver os problemas no país. “[O desafio] é como encontrar um equilíbrio entre o papel do governo e o do mercado. Devemos seguir mais de perto as regras do mercado e desempenhar melhor o papel do governo.”

Segundo o presidente da China, é fundamental dar prioridade ao desenvolvimento de áreas rurais, ampliando a infraestrutura e os programas sociais do país. “Temos de manter os esforços para promover a reforma da estrutura política e fazer democracia popular mais ampla”, disse. “Devemos continuar a fazer progresso na garantia de que todas as pessoas tenham preservados os direitos à educação, ao emprego, à assistência médica e apoio para a terceira idade, além de [melhorias na área de] habitação.”

Para Hu Jintao, entre as prioridades do governo também estão o combate à corrupção e a promoção da integridade política. “Funcionários de todos os níveis, especialmente de alto escalão, devem observar o código de conduta sobre o governo limpo e relatar todos os assuntos importantes.”

Em disputa com o Japão pelo arquipélago Senkaku/Diaoyu, o presidente disse que a China vai “seguir o caminho do desenvolvimento pacífico”. “Estamos firmes em nossa determinação de defender a soberania da China, a segurança e os interesses de desenvolvimento e nunca ceder a qualquer pressão exterior”, disse.

Detentora do maior exército do mundo, com mais de 2 milhões de integrantes, a China promete manter como prioridade as Forças Armadas. No discurso, Hu Jintao ressaltou que o tema está entre as prioridades. “A construção de defesa nacional forte e de Forças Armadas poderosas é compatível com a posição internacional da China e satisfaz as necessidades dos seus interesses de segurança e desenvolvimento”, disse.

O presidente chinês também citou a relação com Taiwan, administrada pela China e que tem uma economia relativamente autônoma. Ele reiterou que as relações com Taiwan serão baseadas nas “trocas, no diálogo e na cooperação”, desde que a região não busque a independência nem se desvincule da China.

“Esperamos que os dois lados discutam o estabelecimento de um mecanismo de segurança militar e confiança para manter a estabilidade em suas relações”, ressaltou Hu Jintao.

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