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Comissão Europeia quer ações mais incisivas contra crise

A Comissão Europeia reconheceu hoje (6) a necessidade de o Conselho Europeu dar respostas mais incisivas à crise da dívida dos países da zona euro, de modo a beneficiar os cidadãos europeus em vez de agradar as agências de risco internacionais

“Temos que tomar decisões importantes [na reunião de sexta-feira] não porque as agências de risco reclamam, mas porque é necessário para os cidadãos, não porque queremos agradar forças dos mercados, mas para dar uma resposta global à crise”, disse o porta-voz dos Assuntos Econômicos, Amadeu Altafaj Tardio.

Na segunda-feira (5), a S&P considerou que os problemas financeiros na zona euro “aumentaram nas últimas semanas e que agora há uma pressão sobre o crédito em toda zona”, justificando a possibilidade de rebaixar a nota da dívida financeira de longo prazo de 15 países.

Muitos consideraram que essa decisão foi uma maneira de pressionar os líderes europeus para que tomem ações mais incisivas contra a crise financeira na reunião do Conselho Europeu que será realizada na quinta (8) e sexta-feira (9) em Bruxelas.

Hoje, em razão da ameaça da agência de risco de baixar a nota de 15 países da zona euro, as principais bolsas europeias seguiram em queda. As bolsas de Madri, na Espanha; de Frankfurt, na Alemanha; de Paris, na França; de Milão, na Itália; de Londres, na Inglaterra; e de Lisboa, em Portugal começaram a operar em baixa.

Na última segunda-feira (5), a S&P avisou que colocou em perspectiva negativa a nota de 15 dos 17 países da zona euro, para uma possível redução da nota de suas dívidas. Entre os países citados estão a Alemanha, a França, a Áustria, a Finlândia, a Holanda e Luxemburgo, todos detentores de classificações máximas (AAA).

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