Consumo de cocaína e de maconha aumentou no Brasil, aponta relatório da ONU
O consumo de cocaína tem diminuído em boa parte do mundo, mas tem aumentado em países da América do Sul, e o Brasil aparece como o segundo maior mercado de cocaína das Américas, com um total de 870 mil usuários.
O dado consta do Relatório Mundial sobre Drogas 2008, do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (Unodc), divulgado hoje (27).
A prevalência anual da cocaína (consumo da droga pelo menos uma vez ao ano) no país passou de 0,4% para 0,7% na população com idade entre 12 e 65 anos em 2005, período em que foi concluído o último levantamento do governo federal, por meio de pesquisas domiciliares.
O aumento avaliado como de maior importância pelo Unodc em relação ao consumo de maconha também foi registrado no Brasil, um reflexo, segundo o órgão, do aumento na disponibilidade de maconha e haxixe no vizinho Paraguai.
A prevalência anual da maconha chegou a aumentar em duas vezes e meia, passando de 1% em 2001 para 2,6% em 2005.
O relatório aponta ainda que a o contrabando de cocaína na região andina em direção à Europa – via África – passou de 5% em 2004 para 12% em 2006. A Colômbia aparece em primeiro lugar no ranking de países de origem para a droga, seguida pelo Peru.
Já as apreensões de cocaína realizadas em países africanos indicam que o país de trânsito mais importante é o Brasil, seguido pela Venezuela.
A América do Sul, junto à América Central e à região do Caribe, foi responsável por 12% do total de apreensões globais de maconha. Os maiores volumes da droga foram apreendidos no Brasil (167 toneladas), na Bolívia (125 toneladas) e na Colômbia (110 toneladas).