Corte de impostos foi de R$ 100 bilhões no Brasil
As desonerações de impostos chegarão a R$ 25 bilhões este ano, totalizando nos últimos cinco anos R$ 100 bilhões, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. As medidas, segundo ele, foram adotadas principalmente para estimular os investimentos das empresas brasileiras.
A uma plateia de empresários, o ministro prometeu que o governo deve adotar medidas para o que chamou de “agenda da competitividade” para enfrentar com países da Ásia. “Não vamos deixar que a indústria seja vencida por uma competição que é desleal. Uma coisa é produtividade. É a competência, que a indústria brasileira tem muita.”, disse.
Mantega foi aplaudido ao divulgar estudo do banco de investimentos Goldman Sachs, segundo o qual o câmbio de equilíbrio para o Brasil (o valor do dólar levando em conta a inflação e o nível de produtividade) seria de R$ 2,60 e não o nível atual de R$ 1,70. Com o real muito forte, as exportações ficam caras e os produtos brasileiros deixam de ser competitivos. Mantega, no entanto, se apressou em dizer que o estudo não endossa o que o governo considera câmbio ideal.
“Não sou eu que estou dizendo. O ministro da Fazenda não tem câmbio de equilíbrio. É bom deixar isso claro. Imagine a indústria brasileira com câmbio de R$ 2,60. Venceríamos a todos: a indústria chinesa, a coreana, porque temos um câmbio sobrevalorizado em 50% em relação à moeda chinesa e em 40% em relação à moeda coreana”, disse Mantega, dirigindo-se ao presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto.