Da Série Paradoxos do Brasil – A Segurança

Temos a consciência, de que segurança pública é uma  obrigação do Estado. Mas,o que  vemos é o  descaso com o qual estado brasileiro trata o assunto conduzindo-o com reduzida atenção e  excessiva  irresponsabilidade.Não temos,no país, uma política de segurança  que trace uma atuação estratégica planejada, técnica e objetiva, no sentido de produzir a identificação, o enfrentamento e a prisão dos cidadãos  que, escolhendo a delinquência, se colocam em terreno diverso dos demais brasileiros que, trabalham para produzir o progresso  desta nação, e que desejam fazê-lo com paz, urbanidade e… segurança!

Diga-se, a bem da verdade,que a Policia Federal  faz um bom trabalho em áreas especificas mas,é  incapaz de  produzir a  segurança universal que o país precisa.Assim o país, independente dos recordes de arrecadação que se verificam,vê as polícias militares e civis sem adequada estrutura física e operacional que as qualifiquem para o exercício das suas funções.Há,no pais,um descaso com as instituições  de segurança o que as leva a perderem o respeito que deveriam ter.

Paralelamente e para agravar a situação  existe  no  pais uma  ocupação exagerada dos presídios o que leva o judiciário a relaxar as prisões ou não efetuá-las utilizando-se do raciocínio  que o preso não encontrará, no presídio,condições minimamente humanas que pressuponham a recuperação social através da pena.

Quer dizer: Nossas policias militares e civis estão desaparelhadas, desarticuladas,mal pagas,com excessiva exposição ao risco e quando conseguem através de ações focais e sem continuidade,algum resultado, o mesmo nao produz efeito perante o   judiciário que não tem garantias de que a pena de privação de liberdade possa recuperar o  infrator dentro do sistema prisional,com o mínimo de dignidade e de respeito  individual.

Aí surgem as milícias que fazem justiça com as próprias mãos.Ai surgem, no Brasil todo,as empresas de Segurança Particular que enriquecem  ocupando o espaço que o estado deveria ocupar.

Independente das milicias e das Empresas de segurança particular as balas perdidas e os assaltos do Rio de Janeiro se reproduzem, como um filme em estreia nacional, em cada uma das nossas cidades, por menor que sejam.Tudo isto para justificar as contradições, a irresponsabilidade,a falta de vergonha dos governos municipais, estaduais e federais desta Republica Paradoxal do  Brasil.