Delalves Costa, um poeta a afrontar a enfinge - Final - Litoralmania ®
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Delalves Costa, um poeta a afrontar a enfinge – Final

(Parte X) – Resenha comentada – Luis Nicanor

O poema A PEDRA (O VÍCIO)

O autor joga com o paralelismo, jogando com diferentes classes de palavras, com significados diferentes, com o resultado de uma exuberante sonoridade.

Encerra o livro com um poema de O Menino dos Cataventos… JOSSEU – O HERÓI ESTRANGEIRO.

O autor cita um poema que usou o recurso da intertextualidade, como já comentamos, mas com novo nome, como o eterno drama da exclamação sem resposta: E agora José? O poema se acaba. O poema acabou.

Muito, mas muito mais mesmo poderíamos comentar de todos os poemas deste livro que não necessita de nenhum tipo de favor para ser considerado um trabalho de nível e de talento expresso.

Infelizmente, por vários motivos, o principal deles não copiar todo o livro, fomos forçados a uma escolha mais ou menos aleatória, pois todos os poemas têm algo que merece um comentário.

Em todos os poemas está documentado o indiscutível talento e inspiração de Delalves, o que comprova o quanto ele esmera-se em produzir uma obra que emocione e provoque o leitor.

Como nosso texto é para todos os leitores, e não somente para poetas, não podemos esquecer-nos de mencionar que as figuras mais comuns e usadas por eles são: a metáfora, a sinestesia, a metonímia e a sinédoque. Mas todo poeta sabe que estas figuras, por mais que valorizem um texto, só valem quando produzidas com originalidade por um poeta realmente arguto, pois a maioria delas hoje é simples clichês, lugares comuns, e o criador de versos deve estar atento para não escorregar em erro tão crasso.

Sobre as figuras que citamos vamos a exemplos: primavera da vida, voz doce, comi um prato de sopa, trabalho pelo pão de cada dia… São figuras corriqueiras, óbvio.

Como citamos estas figuras consagradas, pedimos licença a Bilac para usarmos sua famosa metonímia como um balizador da obra de Delalves: tuba de alto clangor!

O nosso Poeta Delalves está de parabéns. Conseguiu uma obra que enternece a qualquer leitor. Logo, para usarmos da lógica, quem está de parabéns mesmo somos nós, os leitores.

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