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Dilma defende saída negociada para o Oriente Médio

A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (18) o fim da violência na repressão aos protestos contra o regime de Bashar Al Assad na Síria e o fim das intervenções internacionais na Líbia como solução para os conflitos que atingem esses países. A posição da presidenta é alinhada com a dos demais países que integram o Ibas, a Índia e a África do Sul, cujos governantes estão reunidos hoje em Pretória, capital administrativa da Àfrica do Sul, na 5ª Cúpula do Ibas.

“Na Síria, defendemos o fim imediato da repressão e encorajamos diálogo nacional para lograr uma saída não violenta. Na Líbia, atuamos orientados pela certeza de que intervenções armadas, especialmente as realizadas à margem do direito internacional, não trazem a paz nem protegem os direitos humanos. Agravam conflitos em vez de resolvê-los. Por essa razão, saudamos a atuação mediadora da União Africana e, em especial, a liderança do presidente [da África do Sul, Jacob] Zuma neste conflito”, disse a presidenta.

A defesa de uma saída negociada ocorreu hoje, no discurso feito pela presidenta o lado do anfitrião, o presidente sul-africano, Jacob Zuma, e do primeiro-ministro indiano Manmohan Singh.

Da mesma forma que fez na abertura da 66ª Assembleia Geral da ONU, no mês passado, a presidenta brasileira voltou a criticar as políticas intervencionistas lideradas principalmente pelos Estados Unidos. “Muito se fala sobre a responsabilidade de proteger; pouco se fala sobre a responsabilidade ao proteger. Esta responsabilidade ao proteger foi objeto das iniciativas da África do Sul, da Índia e do Brasil dentro do Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas]”.

Outro ponto destacado por Dilma foi a necessidade de continuar pleiteando um assento permanente no Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas. Para Dilma,  a “legitimidade” dessa instância passa pela inclusão das nações emergentes.

“A presença de nossos países no Conselho de Segurança este ano de 2011 demonstrou, uma vez mais, que dispomos de todas as credenciais para assumir assento permanente e dotar aquele órgão da legitimidade que lhe falta. Nossa postura frente aos acontecimentos políticos recentes no Oriente Médio e no norte da África é prova disso”, destacou.

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