Discoteca Municipal abriga tesouro musical em santo Antônio
Em 2002, a discoteca recebeu todo o acervo da rádio Itapuí, e, em seguida, foi transferida para o Museu, onde aguarda a visita de curiosos e aficcionados por música e pelos “bolachões”, que fazem parte da história de vida de todos nós e ainda possuem um mercado considerável, que atende principalmente aos colecionadores.
A discoteca possui um acervo de aproximadamente cinco mil exemplares, entre LPs, compactos, discos 78 RPM e fitas cassete. Os gêneros são os mais variados, contemplando desde a música erudita até a MPB em geral, passando pelo sertanejo de raiz, pop nacional e internacional, (incluindo exemplares importados), sambas de enredo, Bossa Nova, Jovem Guarda, tradicionalistas, infantis, orquestras, gospel e trilhas sonoras (filmes, novelas e óperas). São obras-primas que remetem a um tempo onde tudo era profundo e verdadeiro, a época de ouro do rádio e dos grandes artistas, como Cauby Peixoto, Silvio Caldas, Nelson Gonçalves, Ângela Maria, Maysa, Inezita Barroso, Elis Regina, Orlando Silva, Elizeth Cardozo e muitos outros, apenas para citar os nacionais. Dentre os internacionais, destacam-se trabalhos de Elvis Presley, Elton John, Demis Roussos, Anne Murray, Michael Jackson, Tina Charles, Billy Paul, Billy Joel, Carpenters e Barbra Streisand. Também estão disponíveis em cassete, as músicas concorrentes de edições passadas da Moenda da Canção, que participaram das triagens.
Enquanto conversávamos com o presidente do Museu, Fernando Lauck, ouvíamos rodar no toca-discos Gradiente Garrard modelo 930-S (fabricado em 1979 e uma das referências em qualidade de reprodução de discos) um clássico sertanejo, da dupla Nenete e Dorinho: “O milagre das rosas”, que, nos anos 60, certamente ecoou nas residências patrulhenses por incontáveis vezes na própria Itapuí, à época Sulina, nas famigeradas “dedicatórias”. Muitas outras raridades fazem parte desse tesouro, como discos do início da carreira de Elis Regina (Viva a brotolândia! e Poema de amor) e Tom Jobim (Wave).
O Museu oferece o serviço de ripagem ou digitalização (passagem para CD ou pen drive) dos discos e cassetes. Os interessados deverão falar com Filipe Veríssimo na própria casa-sede ou pelo telefone (51) 3662-2738, de segunda à sexta. È importante lembrar que o Museu não fornece a mídia para gravação, portanto, os interessados devem levar CDs graváveis ou pen drive, e também poderão levar discos de sua propriedade para serem ripados. A discoteca Municipal Paulino Mathias também aceita doações de discos e fitas.