Dona Gelny
Estrategista, ela soube protelar os pedidos do esposo, a cada filho que nascia, para que parasse de trabalhar. Aposentou-se, após 32 anos de serviço, na Rede Ferroviária Federal.
Determinada, era rodeada por “três homens carentes e dependentes da força da mulher”. Ela teria sido a grande mestra dos ministros do Planejamento tupi-guarani. Controlava cerca de quase 50 envelopes azuis identificados: “rancho semanal”, “rancho mensal”, “carne”, “leite”, “pão”, “hortifrutigranjeiros”, “luz”, “condomínio”, “empregada”, “faxineira”, “gasolina”. O mais incrível: cada envelope com os valores previamente descritos! Cláudio Antônio – um dos filhos – fez ótima escola nesta “Pasta”.
A perda precoce do marido e o amor que ambos nutriam teria ruído a fortaleza, não fosse a chegada de seus primeiros netos, Angelo e Theozinho (Theophilo). Bem mais tarde, veio Nicole. Maria Helena e Guiomar – as noras, e cada qual com sua personalidade – foram as suas “rivais” afetivas.
A vida de Dona Gelny Agra não poderia ser diferente aos seus preceitos: “Faço o que gosto, pois não “como nas orelhas” de ninguém!”. O que ela, realmente, sempre fez!
Minha mãe decidiu preparar a festa dos 88 anos, em 11 de junho, retornando à Pátria Espiritual na sexta-feira, 10.