Ecad divulga as 15 músicas mais regravadas da história no país

“Filme nacional vai promover o encontro de duas bossas, o que ate então nos parecia ser completamente impossível. É cinema novo e se chama © Acervo Arquivo Nacional/Fundo Correio da Manhã

Novo levantamento efetuado pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) revela mudança na liderança do ranking das músicas brasileiras mais regravadas no país.

A canção Carinhoso, de Pixinguinha e Braguinha, superou Aquarela do Brasil, de Ary Barroso.Ecad divulga as 15 músicas mais regravadas da história no paísEcad divulga as 15 músicas mais regravadas da história no país

De acordo com a pesquisa, Carinhoso tem, no momento, 411 gravações cadastradas no banco de dados do Ecad, considerado um dos maiores da América Latina, e é a música mais escolhida por intérpretes de todo o país. Aquarela do Brasil tem 409 e ocupa a segunda posição no ranking.

Em setembro de 2020, as duas músicas lideravam a lista das mais gravadas, com 404 gravações cada.

Na lista das cinco primeiras colocadas aparecem também Garota de Ipanema, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes (402 gravações), Asa branca, de Humberto Teixeira e Gonzagão (316 gravações), e Manhã de carnaval, de Luiz Bonfá e Antônio Maria (290 gravações).

Entre as 15 primeiras músicas do ranking, oito são de autoria do compositor Tom Jobim: além de Garota de Ipanema, aparecem Eu sei que vou te amar, Corcovado, Wave, Chega de Saudade Desafinado, Insensatez e A felicidade.

Ranking das 15 músicas brasileiras mais gravadas no país:

 Ranking das 15 músicas brasileiras mais gravadas no país, segundo o ECAD. - Divulgação/ECAD
Ranking das 15 músicas brasileiras mais gravadas no país, segundo o ECAD. – Divulgação/ECA

Agência Brasil

O que é Ecad?

O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD) é um escritório privado brasileiro responsável pela arrecadação e distribuição dos direitos autorais das músicas aos seus autores, tendo sua sede localizada no Rio de Janeiro.

É uma instituição privada criada pela Lei nº5.988/73 e mantida pela Lei Federal nº 9.610/98.

Órgão já passou por CPI

Em junho de 2011 teve início a quarta CPI do Ecad, tendo como presidente e relator, respectivamente, os senadores Randolfe Rodrigues e Lindberg Farias, com o objetivo de investigar acusações de falta de transparência na arrecadação e distribuição de recursos, formação de cartel e abuso na cobrança de direitos autorais.

Concluída em abril do ano seguinte, a CPI teve no seu relatório final a proposta de um projeto de lei, o PLS 129/12, que previa um sistema de gestão coletiva de direitos autorais, através da criação de duas entidades: o Conselho Nacional de Direitos Autorais (CNDA, que havia sido desativado em 1990) e a Secretaria Nacional de Direitos Autorais (SNDA).

Além disso, o relatório sugeriu o indiciamento de 15 pessoas ligadas à entidade, sob as acusações de apropriação indébita, fraude na realização de auditoria, formação de cartel e enriquecimento ilícito.

Em julho de 2013 foi aprovado no Senado um substitutivo do PLS 129, com quatro emendas de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira, e tendo como relator o senador Humberto Costa.

No mês seguinte o projeto foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff, estando em vigor desde dezembro do mesmo ano como a lei 12.853/2013, também conhecida como Nova Lei dos Direitos Autorais. Através dela, o Ecad continua sendo o único arrecadador de direitos, porém, sob controle estatal através de fiscalização do Ministério da Cultura. Foi também estipulada uma redução da taxa administrativa cobrada pela entidade (passando gradativamente de 25% a 15% em até quatro anos, com o restante destinado aos artistas), e mandatos de três anos para seus dirigentes (sendo permitida apenas uma reeleição).

Como resposta, o Ecad, através de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5.062) pediu junto ao Supremo Tribunal Federal a suspensão da lei, contestando que a mesma “fere princípios constitucionais, ao conceder ao Estado poder para interferir na gestão de uma atividade de direito privado. ”Anteriormente, o próprio órgão havia questionado os interesses por trás da lei, levando em conta a dívida que muitas empresas de comunicação – em particular a Rede Globo – tinham com a entidade. Apesar dessa disputa, em outubro (pouco antes da ADI) Ecad e Globo haviam chegado a um acordo após um litígio de oito anos.

Críticas ao Ecad

Em 2012 se envolveu em polêmica ao tentar cobrar de blogs por vídeos incorporados do site Youtube. Devido a repercussão negativa que chegou a ganhar a páginas da FORBES e os Trending Topics do Twitter, após o posicionamento do próprio Youtube, voltou atrás.

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