Então, um viva a Zapata!
a minha admiração, que mesmo a política não arrefeceu.
Sempre fui contra o regime totalitário de governo, tanto de direita como de esquerda. E os exemplos – não precisamos ir muito longe – sobejam na história dos países da América Latina.
Lula da Silva, após três frustradas tentativas, viu-se forçado a mudar a imagem e o discurso radical de líder sindical do ABC paulista. Os xiitas do PT, por óbvio, torceram o focinho à estratégia de da Silva. Isso era um fator impositivo. E ele dissociou com sucesso a figura do presidente da república da de seu partido – em que pese locupletação das eminências pardas, como os “Zés” (Dirceu e Genoíno) e a imensa e safada caterva ter deflorado a tão apregoada ética petista.
Da Silva pode ser um finório demagogo, assistencialista, inculto e sujeito a “surpreendentes” alterações da pressão arterial. Mas ele não é burro! Há de se admitir que o Brasil já se faça ouvir no G8 como um emergente de forte personalidade. Lula da Silva foi o responsável por esse significativo avanço.
Paralelamente, a “revolução bolivariana” tem em Chávez o autêntico truão, o palhaço, o bobo da corte. Evo Moráles está seguindo a mesma trilha. Esses pseudolíderes estão se esboroando por si mesmos.
Se os Estados Unidos não houvesse imposto o embargo econômico, comercial e financeiro a Cuba, iniciado em 7 de fevereiro de 1962, Fidel Castro testemunharia sua idolatria transformar-se, ao natural e a curto prazo, em poeira. Uma Nação tem o seu povo satisfeito e – diria até! – feliz quando o seu governo intenta, de todas as formas, lhe dar o de melhor. Se Fidel abrisse as fronteiras de Cuba para quem quisesse partir, restariam ele e o hermano, Raúl Castro.
Esta é a insofismável realidade da Ilha – tão endeusada por muitos peremptórios e pragmáticos retrógrados da aldeia – que ainda encarcera seus presos políticos. Tão verdadeira quanto fora constrangedora a visita de Lula da Silva ao decrépito Fidel, na terça-feira, 23 de fevereiro, exatamente na data da morte na prisão do dissidente Orlando Zapata, após uma greve de fome de 85 dias, em protestos às condições do sistema carcerário cubano.