Epidemia de gripe A entra em declínio em todo o Rio Grande do Sul
“Não vamos desmobilizar nada, apenas alguns serviços, como tendas e contêineres instalados junto aos hospitais e o Disque Gestante, serão reduzidos por falta de demanda”, informou. No caso do Disque Gestante (que presta esclarecimentos a mulheres grávidas pelo telefone 0800-642.0151), as ligações serão direcionadas para o número 150 (da Vigilância em Saúde).
Terra também informou que o Ministério da Saúde deverá investir cerca de R$ 1,3 bilhão na compra de vacinas contra o vírus H1N1. Ele acredita que o RS receberá o maior percentual de doses, o que possibilitará a imunização de toda a população de risco até o próximo inverno. O Estado, em função das condições climáticas, sempre registra o maior número de óbitos do país por doenças respiratórias (como pneumonia). Em 2007, por exemplo, foram 8.900 mortes.Conforme anunciou Terra, está sendo finalizada uma parceria entre Ministério da Saúde, universidades e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para criação, no Rio Grande do Sul, de um centro de pesquisa e acompanhamento da Influenza em todo o país. Sobre a experiência de enfrentamento da doença, Terra destacou a mudança cultural da população, que passou a valorizar cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos regularmente – o que ajudou a diminuir a intensidade da doença neste primeiro ciclo.
Esta é também a opinião do presidente eleito da Associação Mundial de Epidemiologia, o médico gaúcho Cesar Victora, que acredita que, quando a doença voltar, os serviços de saúde estarão mais preparados. Ele observa que, nos países onde está sendo enfrentada a segunda onda da gripe A, a situação está menos grave que a vivida anteriormente.
No Rio Grande do Sul, foram notificados 5.619 casos de Influenza A H1N1 – dos quais 893 foram confirmados e 441, descartados. Permanecem em investigação 4.285 casos. Foram confirmados 99 óbitos e 162 estão em investigação. De acordo com Osmar Terra, as estimativas indicam que, neste primeiro ciclo, serão confirmados de 250 a 300 óbitos, representando uma taxa de mortalidade de 2%.