Equador vai explorar petróleo em área de proteção ambiental
Rafael Correa disse que desistiu do projeto Yasuni-ITT, porque a contrapartida financeira não foi cumprida. “O fator fundamental do fracasso [do projeto] é que o mundo é uma grande hipocrisia”, justificou em cadeia nacional de rádio e televisão.
Com o programa, Rafael Correa pretendia proteger parte da Floresta Amazônica ao deixar de explorar petróleo no Parque Yasuni, área ambiental protegida. Segundo Correa isso teria evitado que 407 milhões de toneladas de dióxido de carbono fossem lançadas na atmosfera.
O presidente disse que até o momento foram depositados na conta do projeto pouco mais de 13 milhões de dólares, o equivalente a 0,37% do total esperado. O Yasuni-ITT foi criado com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e tinha como meta conseguir US$ 3,6 bilhões em 12 anos. Isso representaria 50% do que o Equador poderia receber com a exploração do petróleo no local.
A iniciativa de compensação ambiental previa manter as reservas intactas. O governo colombiano estima que no bloco existam 383 milhões de barris – 20% das reservas do país. Para levar adiante a proposta, Correa precisa de permissão do Legislativo equatoriano. A área foi declarada reserva natural pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).