Colunistas

Esclarecendo os fatos

Sir Arthur Conan Doyle foi o criador do mais famoso detetive do mundo, Sherlock Holmes, e autor de suas sessenta histórias. A personagem tornou-se conhecida através das publicações em série nos tablóides londrinos. Holmes ganhou vida própria e tamanha força que muitos escreviam cartas para o famoso endereço da Baker Street solicitando os préstimos do detetive.

Seria pretensão das mais desmedidas desejar este escrevinhador do Litoral Norte do Rio Grande do Sul seguir os passos do mestre Conan Doyle. Primeiro, falta-lhe talento; segundo, a dinâmica das comunicações hoje exige o fato inteiro, sem interrupções. Daí porque não vingaria uma história ficcional publicada em capítulos, gerando, inclusive, o justo desentendimento de muitos leitores.

Faz-se mister, no entanto, esclarecer e distinguir a ficção da não-ficção. De fato, o livro “A Praça Júlio de Castilhos e a Turma do Murinho”, é real. Li os originais enviados pelo autor, Alírio Cássio di Zabanetta Noronha, e, a seu pedido, fiz as necessárias correções, alterações e a apresentação. A obra foi, recentemente, publicada.

Para surpresa minha somente há poucos dias soube que Alírio Cássio di Zabanetta Noronha – a exemplo de Fernando Pessoa, que se utilizava de heterônimos como Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro e Bernardo Soares – é o heterônimo do escritor real do livro “A Praça Júlio de Castilhos e a Turma do Murinho”.

Respeitando, assim, a discrição daquele autor por razões que a ele somente assistem, declino da revelação do seu nome. Aos leitores, por respeito maior ainda, esclareço, em termos definitivos, a exótica circunstância que me inspirou em escrever uma curta novela de mistério: uma amigável “vingança” contra o mistério mantido pelo verdadeiro autor durante tanto tempo. Além do mais, como é sabido, “cada macaco no seu galho”, ou, como diria meu falecido e sábio pai “quem não tem competência que não se estabeleça”.

É exatamente o que, neste momento, faço.

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