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EUA e Rússia pedem cessar-fogo na Síria

Os Estados Unidos e a Rússia apelaram hoje (13) para um cessar-fogo na Síria antes da Conferência de Paz Genebra 2, prevista para 22 de janeiro, em Montreux, na Suíça. “Discutimos a possibilidade de tentar um cessar-fogo, um cessar-fogo que talvez possa começar por Alepo [Norte da Síria]”, disse o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, após reunião com o chanceler russo, Serguei Lavrov, e o enviado especial da Liga Árabe e das Nações Unidas para a Síria, Lakhdar Brahimi.

Segundo os três representantes, há divergências sobre uma possível participação do Irã na conferência. De acordo com John Kerry, o Irã será bem-vindo, se aceitar os princípios de uma transição política na Síria, termos definidos em uma primeira reunião em Genebra, em junho de 2012. “O Irã deve ainda decidir se apoia os termos da Declaração da Conferência Genebra 1, que prevê um governo de transição, dotado de todos os poderes”, informou Kerry,

O ministro russo, cujo país é um aliado tradicional do regime sírio, reafirmou que “é muito claro que o Irã e a Arábia Saudita devem participar na conferência”. Lakhdar Brahimi destacou a “importância” da presença do Irã.

O encontro entre Kerry, Lavrov e Brahimi ocorreu um dia depois de uma reunião do grupo de países Amigos da Síria, em Paris, na França. Depois da reunião, 11 países ocidentais e árabes pediram à Coligação Nacional de oposição para participar na conferência internacional de paz.

“Instamos a Coligação Nacional para responder positivamente ao convite feito pelo secretário-geral das Nações Unidas [Ban Ki-moon] para formar uma delegação da oposição síria”, segundo comunicado dos 11 países que apoiam a oposição síria.

Depois do encontro, o presidente da Coligação Nacional, Ahmad Jarba, informou que os Amigos da Síria concordam que o atual presidente sírio, Bashar AL Assad e a sua família “não têm futuro” no país. “A sua saída é inexorável”, enfatizou Ahmad Jarba.

O conflito na Síria, que começou em março de 2011, deixou pelo menos 130 mil mortos, de acordo com a organização não governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

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