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Evento debate apicultura em Capão da Canoa

A 7ª Jornada Apícola do Litoral Norte reuniu mais de 150 pessoas nesta quinta-feira (21/08), em Capão da Canoa. Participaram apicultores de Itati, Terra de Areia, Cidreira, Maquiné, Osório, Tramandaí, Balneário Pinhal, Três Forquilhas, Torres, Imbé, Palmares do Sul, Tapes, Cambará do Sul, Taquara, Morrinhos do Sul e Capão da Canoa. O encontro aconteceu no Capão da Canoa Futebol Clube, durante todo o dia.

Após a abertura oficial, que contou com a presença do gerente regional adjunto da Emater/RS-Ascar, Delmar Dietz, do supervisor da Emater/RS-Ascar, Fábio Martins Costa, do presidente da Associação dos Apicultores de Capão da Canoa (APICC), Vilson Renato Sutili, do gerente do Bando do Brasil, Alex Pellenz, e do secretário municipal de Cidadania, Trabalho e Ação Comunitária, João Batista dos Santos, o chefe do escritório da Emater/RS-Ascar de Osório, Pedro Francisco, fez uma retrospectiva do desenvolvimento da apicultura na região, incluindo a formação de associações, a busca de recursos para a atividade, a realização e a participação em eventos como estratégia de aproximação com o mercado consumidor. Francisco salientou ainda a necessidade de qualificação da atividade frente às exigências legais. “Nós temos que ampliar o consumo de mel, que hoje é de 150 gramas por pessoa ao ano. Porém, se acontecer esta ampliação, nós não teremos mel suficiente”, completou.

Francisco apresentou também os motivos para que sejam criadas abelhas sem ferrão, quem está se dedicando a meliponicultura na região e no Estado, quais os inimigos das abelhas, os métodos de colheita do mel, além de técnicas de beneficiamento, envase e rotulagem.

Na sequência a integrante da Unidade de Cooperativismo da Emater/RS-Ascar em Porto Alegre, Luciana Muszinski, falou sobre a importância do associativismo em projetos coletivos de trabalho e destacou que é essencial a participação, a liberdade de expressão, a autodeterminação, a solidariedade e persistência dos associados, pois, desta forma, cada um contribui para o fortalecimento da associação.

Segundo Luciana, a associação pode evoluir para uma cooperativa, que tem fins econômicos e sociais e, por isto, pode fazer a comercialização conjunta dos produtos dos associados.

Para garantir o funcionamento das cooperativas, existem sete princípios que norteiam sua forma de organização: adesão livre e voluntária, controle democrático pelo cooperativado, participação econômica dos associados, autonomia e independência, educação treinamento e informação, cooperação entre cooperativas e compromisso com a comunidade.

À tarde, a programação continuou com palestra sobre a criação de abelhas-rainha, feita pela bióloga especialista em biotecnologia, Kátia Eloíza Hepp, que falou sobre o ciclo de vida, a importância da renovação da rainha e quando é a hora de substituí-la, como se faz a produção artificial, os testes que devem ser feitos com as matrizes, entre outros detalhes essenciais para quem quer qualificar a produção.

Também foi elaborado coletivamente um documento com as necessidades apontadas pelos apicultores para a qualificação da atividade: considerar a apicultura como atividade de base ecológica para os órgãos governamentais; traçar estratégias para produzir e trocar rainhas; difundir para a sociedade a importância da abelha; melhoria genética da apicultura; oficina para produção de rainha; ampliar a flora melífera; solicitar aos governos municipais que incentivem o cultivo de espécies que produzam massa e floração; realização de oficina de manejo de ninho; e esclarecimento de normas para a habilitação de novas agroindústrias na área.

Ao final, os participantes degustaram vários produtos feitos à base de mel, como pães, bolos, bolachas e balas. O município de Terra de Areia foi escolhido como a sede do evento em 2015.

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